MPF pede novamente condenação de Santana e Mônica
MPF recorreu contra a decisão do juiz Sérgio Moro que absolveu o casal João Santana e Mônica Moura do crime de corrupção passiva na Lava Jato; segundo procuradores, "embora Monica Moura e João Santana tenham alegado desconhecerem que os recursos recebidos de Zwi Skornicki (operador) eram provenientes de crime de corrupção praticado contra a Petrobras, as provas colhidas nos presentes autos revelaram claramente o conhecimento por parte dos dois publicitários de que os valores recebidos de Zwi Skornicki eram efetivamente oriundos de crime de corrupção praticada em desfavor da Estatal brasileira de Petróleo"
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Paraná 247 - O Ministério Público Federal (MPF) recorreu contra a decisão do juiz Sérgio Moro que absolveu o casal João Santana e Mônica Moura do crime de corrupção passiva em um processo da 23ª fase da Operação Lava Jato. Em fevereiro, os dois haviam sido condenados foram condenados a 8 anos e quatro meses, mas por outro crime, o de lavagem de dinheiro. Eles cumprem pena em liberdade provisória.
Segundo procuradores, "embora Monica Moura e João Santana tenham alegado desconhecerem que os recursos recebidos de Zwi Skornicki eram provenientes de crime de corrupção praticado contra a Petrobras, as provas colhidas nos presentes autos revelaram claramente o conhecimento por parte dos dois publicitários de que os valores recebidos de Zwi Skornicki eram efetivamente oriundos de crime de corrupção praticada em desfavor da Estatal brasileira de Petróleo".
O operador Zwi Skornicki foi condenado a 15 anos de prisão por corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. No recurso, o MPF também pede a condenação do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto por lavagem de dinheiro. O petista foi absolvido deste crime e condenado a 10 anos por corrupção passiva.
Segundo o MPF, "foi imputada a João Vaccari, nestes autos, dentre outros fatos, a prática, por nove vezes, do crime de lavagem de capitais, consubstanciada em nove operações que transferiram o montante de US$ 4.500.000,00 (quatro milhões e quinhentos mil dólares) de conta mantida por Zwi Scornicki em instituição financeira sediada na Suíça, em nome da offshore Deep Sea Oil Corp., para a conta também mantida no exterior, aberta em nome de offshore Shellbil Finance S.A, em benefício de Monica Regina Cunha Moura e João Santana, de forma ao ocultar e dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação e propriedade de valores provenientes, direta e indiretamente, dos delitos antecedentes de fraude a licitações, organização criminosa, corrupção ativa e passiva, praticados em detrimento da Petrobras".
Moro citou que o marqueteiro e a mulher dele confessaram em juízo as transferências, o contato com Zwi Skornick e João Vaccari, e também os artifícios para ocultação e dissimulação das transferências como a utilização de conta off-shore no exterior.
A Justiça Federal decretou o bloqueio do patrimônio do casal até o montante de US$ 4,5 milhões.
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