MPF no Paraná insiste contra Tacla Duran, mesmo com 'salvo conduto' do STF

O Supremo permitiu o advogado viajar, sem risco de ser preso, da Espanha para o Brasil, onde pretende depor à Câmara sobre abusos na Lava Jato

Advogado Rodrigo Tacla Duran
Advogado Rodrigo Tacla Duran (Foto: Reprodução)


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247 - O Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR) pediu à Justiça Federal no estado a retomada de uma ação contra Rodrigo Tacla Duran após o advogado receber um "salvo conduto" do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, para viajar, sem risco de ser preso, da Espanha para o Brasil, onde planeja depor à Câmara sobre eventuais abusos, que segundo ele, foram cometidos pelo senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e pelo ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-juiz e ex-procurador da Operação Lava-Jato, respectivamente. A informação foi publicada nesta sexta-feira (30) pela coluna de Lauro Jardim.

Em março, Tacla Duran implicou Moro e Dallagnol em tentativa de extorsão. O pedido da Câmara para ouvir o advogado citou as relações entre o desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal (TRF4-RS), e Moro. Malucelli, responsável por determinar a prisão de Tacla Duran, e depois voltar atrás, é pai do advogado João Eduardo Malucelli, sócio de Moro em um escritório de advocacia. 

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Duran foi preso preventivamente na "lava jato", em 2016. Seis meses antes, ele tinha sido procurado pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, que era sócio de Rosângela Moro, mulher do ex-juiz. Em conversa pelo aplicativo Wickr Me, Zucolotto ofereceu acordo de colaboração premiada, que seria fechado com a concordância de "DD" (iniciais de Deltan Dallagnol). Em troca, queria US$ 5 milhões. Zucolotto teria dito que os pagamentos deveriam ser feitos "por fora".

Em 14 de julho de 2016, Tacla Duran fez transferência bancária para o escritório de um outro advogado, no valor de US$ 613 mil, o equivalente hoje a R$ 3,2 milhões. A transferência era a primeira parcela do pagamento pela delação. "Paguei para não ser preso", disse ele em entrevista a Jamil Chade, do UOL. Duran deixou de fazer os pagamentos, e Sergio Moro decretou sua prisão preventiva. Mas o advogado já estava fora do Brasil.

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*Com informações do Conjur

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