MPF diz que presidente da Eletronuclear recebeu propina de R$ 4,5 milhões

A Polícia (PF) e Ministério Público Federal (MPF) afirmaram que o diretor-presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, que foi preso, é suspeito de receber R$ 4,5 milhões em propina; segundo o juiz Sergio Moro, a empresa Aratec Engenharia, Consultoria & Representações Ltda – de propriedade de Othon Luiz Pinheiro - recebeu pagamentos de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, como Andrade Gutierrez, Carmargo Corrêa e Odebrecht

A Polícia (PF) e Ministério Público Federal (MPF) afirmaram que o diretor-presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, que foi preso, é suspeito de receber R$ 4,5 milhões em propina; segundo o juiz Sergio Moro, a empresa Aratec Engenharia, Consultoria & Representações Ltda – de propriedade de Othon Luiz Pinheiro - recebeu pagamentos de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, como Andrade Gutierrez, Carmargo Corrêa e Odebrecht
A Polícia (PF) e Ministério Público Federal (MPF) afirmaram que o diretor-presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, que foi preso, é suspeito de receber R$ 4,5 milhões em propina; segundo o juiz Sergio Moro, a empresa Aratec Engenharia, Consultoria & Representações Ltda – de propriedade de Othon Luiz Pinheiro - recebeu pagamentos de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, como Andrade Gutierrez, Carmargo Corrêa e Odebrecht (Foto: Leonardo Lucena)


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Paraná 247 - A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) afirmaram que o diretor-presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, preso na manhã desta terça-feira (28), é suspeito de receber R$ 4,5 milhões em propina. Também foi preso Flávio David Barra, presidente global da AG Energia, ligada ao grupo Andrade Gutierrez. As duas prisões são temporárias, com o prazo de cinco dias, e vencem no sábado (1º).

A PF deflagrou a 16ª fase da operação Lava Jato e tem como foco os contratos firmados por empresas já mencionadas nas investigações com a Eletronuclear, empresa de economia mista, cujo controle acionário é da União. Criada em 1997 para operar e construir usinas termonucleares, a empresa responde pela geração de cerca de 3% da energia elétrica consumida no país. A nova fase da operação foi deflagrada em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói (RJ), São Paulo e Barueri (SP).

"A Andrade Gutierrez repassava valores para a empresa de Othon Luiz por meio de empresas intermediárias que atuavam na fase de lavagem de dinheiro", disse o procurador do MPF Athayde Ribeiro Costa, durane entevista coletiva, em Curitiba. Segundo ele, a Engevix também é suspeita de efetuar pagamentos indevidos.

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A Eletronuclear ainda não se pronunciou sobre a prisão do diretor-presidente licenciado. Em nota, a Andrade Gutierrez disse que está acompanhando a 16ª fase da Lava Jato e que sempre esteve à disposição da Justiça. "Seus advogados estão analisando os termos desta ação da Polícia Federal para se pronunciar", diz o texto.

Além do pagamento de propina, a PF investiga a formação de cartel e o prévio ajustamento de uma licitação para obras de Angra 3, que foi vencida pelo Consórcio Angramon – Andrade Gutierrez, Carmargo Corrêa, Odebrecht, UTC, Queiroz Galvão, Techint e EBE.

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Segundo o juiz Sergio Moro, responsável pela condução das investigações em primeira instância jurídica, a empresa Aratec Engenharia, Consultoria & Representações Ltda – de propriedade de Othon Luiz Pinheiro - recebeu pagamentos de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, inclusive, de empresas que integram o consórcio Angramon.

"(...) A prova mais relevante consiste nas provas, em cognição sumária, de que a Aratec recebeu no mesmo período pagamento das empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix, ambas com contratos com a Eletronuclear, por meio de empresas intermediárias, CG Consultoria, JNobre Engenharia, Link Projetos e Participações Ltda., e a Deutschebras Comercial e Engenharia Ltda., algumas com características de serem de fachada", afirmou o juiz no despacho.

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Conforme o despacho, entre 2009 e 2012, a CG Consultoria, Construções e Representação Comercial Eireli recebeu R$ 2,93 milhões da Andrade Gutierrez e transferiu, entre 2009 a 2014, R$ 2.69 milhões para a Aratec.

O documento também apontou que a JNobre Engenharia e Consultoria Ltda depositou R$ 792.500,00, entre 2012 e 2013, na conta da Aratec Engenharia. Nestes mesmos anos, recebeu R$ 1.400.000,00 da Andrade Gutierrez.

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A Deustchebras recebeu, em novembro de 2014, R$ 330.000,00 da Andrade Gutierrez e, em dezembro do mesmo ano, repassou R$ 252.300,00 para a Aratec. "Identificado, portanto, um padrão de recebimento e repasse de valores da Andrade Gutierrez para a Aratec, utilizando empresas intermediárias", disse Moro.

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