MP recua e fará a acareação de delatores

Doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa serão colocados frente a frente em um interrogatório conjunto, no dia 22 de junho, para esclarecer as "discrepâncias" entre os depoimentos dos dois sobre o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci; sugestão de acareação partiu do próprio doleiro, mas foi descartada em audiência entre procuradores da República e delegados da Polícia Federal que atuam na Lava Jato; defensor de Youssef, Luiz Gustavo Flores sugeriu que proposta poderia trazer complicações: "É a teoria bosta seca: mexeu, fede"; as contradições são exploradas nas defesas de políticos, na tentativa de enfraquecer as acusações do Ministério Público e também podem beneficiar a senadora Gleisi Hoffmann 

Doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa serão colocados frente a frente em um interrogatório conjunto, no dia 22 de junho, para esclarecer as "discrepâncias" entre os depoimentos dos dois sobre o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci; sugestão de acareação partiu do próprio doleiro, mas foi descartada em audiência entre procuradores da República e delegados da Polícia Federal que atuam na Lava Jato; defensor de Youssef, Luiz Gustavo Flores sugeriu que proposta poderia trazer complicações: "É a teoria bosta seca: mexeu, fede"; as contradições são exploradas nas defesas de políticos, na tentativa de enfraquecer as acusações do Ministério Público e também podem beneficiar a senadora Gleisi Hoffmann 
Doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa serão colocados frente a frente em um interrogatório conjunto, no dia 22 de junho, para esclarecer as "discrepâncias" entre os depoimentos dos dois sobre o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci; sugestão de acareação partiu do próprio doleiro, mas foi descartada em audiência entre procuradores da República e delegados da Polícia Federal que atuam na Lava Jato; defensor de Youssef, Luiz Gustavo Flores sugeriu que proposta poderia trazer complicações: "É a teoria bosta seca: mexeu, fede"; as contradições são exploradas nas defesas de políticos, na tentativa de enfraquecer as acusações do Ministério Público e também podem beneficiar a senadora Gleisi Hoffmann  (Foto: Roberta Namour)


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247 - Após a polêmica da ‘bosta seca’, os delatores Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa serão colocados frente a frente em um interrogatório conjunto do Ministério Público Federal, no dia 22 de junho.

A acareação é uma proposta do próprio doleiro para esclarecer as "discrepâncias" entre os depoimentos dos dois sobre o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci e o senador Edison Lobão (PMDB-MA).

A questão foi levantada em audiência entre procuradores da República e delegados da Polícia Federal que atuam na Lava Jato, além de advogados do doleiro. Segundo os procuradores, a proposta de acareação feita pelo próprio doleiro teria sido descartada pelo defensor de Youssef, Luiz Gustavo Flores. Ele teria atacado a sugestão sugerindo que ela poderia trazer complicações: "É a teoria bosta seca: mexeu, fede".

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Se ficar provado que um dos dois mentiu, eles podem perder benefícios obtidos no acordo de delação premiada na Lava Jato.

O jornalista Elio Gaspari é até mais incisivo e alerta que os erros do MPF podem anular a Lava Jato. "Desde o início da Lava-Jato tudo o que os larápios precisam é de um tumulto no inquérito. Eles sabem o que fizeram. Só um louco poderia esperar por uma absolvição na primeira instancia. Tudo o que se precisa é intoxicar o processo", afirma.

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As contradições entre os depoimentos prestados em delação premiada serão exploradas por advogados de políticos acusados pela força-tarefa da Operação Lava Jato, na tentativa de enfraquecer as acusações do Ministério Público.

Paulo Roberto afirma que autorizou Youssef a repassar R$ 2 milhões à campanha presidencial de Dilma, em 2010, a mando de Palocci. Youssef, por sua vez, negou que tenha arrecadado para aquela campanha petista e disse que não foi procurado pelo político.

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O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, disse que, necessariamente, um dos delatores está mentindo – o que pode anular o acordo de delação.

No caso de Lobão, Paulo Roberto disse que o então ministro de Minas e Energia requisitou R$ 2 milhões para a campanha da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB-MA). Ele, então, pediu que Youssef arrumasse o dinheiro.

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O doleiro, por sua vez, nega que tenha feito qualquer transação envolvendo Lobão ou Roseana –e acrescentou que o ex-diretor de Abastecimento pode ter se confundido, solicitando a transação a outro operador do esquema.

"Nesse caso, as contradições foram muito fortes", afirma o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende Lobão das acusações da Lava Jato. O advogado diz que entrou com um agravo regimental no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo o arquivamento do caso. Para ele, a palavra de Paulo Roberto –que fundamenta boa parte da acusação– "vale pouquíssimo".

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Medida também pode beneficiar a a ex-ministra Gleisi Hoffmann, do PT. Em depoimento prestado na Lava Jato, o delator premiado Rafael Ângulo, que seria o entregador de recursos de Youssef, afirmou não ter conhecimento sobre qualquer fato relacionado à senadora Gleisi. Segundo Youssef, Ângulo teria sido o portador do dinheiro (leia aqui).

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