Moro suspende prazo de alegações finais da Andrade Gutierrez
O juiz federal Sérgio Moro suspendeu o prazo das alegações finais da defesa no processo que envolve a empreiteira Andrade Gutierrez, alvo da 14ª fase da Operação Lava Jato; o magistrado justificou sua decisão alegando a existência de um "fato relevante superveniente", ou seja, um fato que surgiu depois do processo em andamento; nesta sexta, ele também autorizou a prisão domiciliar do presidente da empresa, Otávio Azevedo, e do diretor Elton Negrão após acordo de delação premiada
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Paraná 247 - O juiz federal Sérgio Moro suspendeu nesta sexta-feira (5) o prazo das alegações finais da defesa no processo que envolve a empreiteira Andrade Gutierrez, alvo da 14ª fase da Operação Lava Jato. O magistrado justificou sua decisão alegando a existência de um "fato relevante superveniente", ou seja, um fato que surgiu depois do processo em andamento.
Os executivos da Andrade Elton Negrão de Azevedo e Otávio Marques de Azevedo fecharam acordo de delação premiada e receberam autorização para cumprir prisão domiciliar. A delação ainda precisa ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No despacho, Moro pede para que o MPF, defesas e assistente de acusação sejam intimados. O juiz informou que decidirá sobre a melhor forma de retomar o processo.
No fim de janeiro, o MPF apresentou as alegações finais na ação penal Andrade Gutierrez. Os procuradores pediram a condenação de 11 pessoas, dentre elas executivos da empreiteira, e a absolvição de duas pessoas que haviam sido denunciadas.
Na terça-feira (2), o juiz determinou a suspensão do prazo para as alegações finais da defesa na ação penal que envolve a empreiteira Odebrecht, que também foi investigada na 14ª fase da Lava Jato. Segundo Moro, a Justiça da Suíça considerou irregular o procedimento de envio ao Brasil de informações sobre contas da empresa que teriam sido usadas para pagamento de propina a diretores da Petrobras.
De acordo com o MPF, Andrade e a Odebrecht agiam de forma mais sofisticada no esquema de corrupção e fraudes de licitações da Petrobras. As investigações apontaram que esse diferencial estava no pagamento de propina a diretores da estatal via contas bancárias no exterior.
Pessoas ligadas às empreiteiras, entre elas Marcelo Odebrecht, presidente afastado da holding Odebrecht S.A, e Otávio Marques de Azevedo, presidente afastado da Andrade Gutierrez, estão presas no Paraná.
Em novembro do ano passado, a Andrade fechou um acordo de leniência com a PGR. A empreiteira terá que pagar uma multa civil de R$ 1 bilhão para ressarcir o prejuízo da Petrobras.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247