Moro se vitimiza depois de prender Lula ilegalmente e destruir milhões de empregos

"Gera até um certo risco pessoal para mim, para minha família", afirmou o senador e ex-juiz da Lava Jato

Sergio Moro e, no quadrado, Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao 247
Sergio Moro e, no quadrado, Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao 247 (Foto: Divulgação / Ricardo Stuckert)


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247 - Declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2021 nos processos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato, resolveu criticar as declarações do petista ao 247

"Nunca levei pro lado pessoal, eu nunca ofendi", disse Moro declarou à CNN Brasil. "Quando o presidente utiliza essa linguagem ofensiva, de baixo calão, ao meu ver ele gera até um certo risco pessoal para mim, para minha família. Falam muito do tal do discurso de ódio. Fiz meu trabalho como juiz e estou agora fazendo meu trabalho como senador, estou na oposição, mas na oposição racional".

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Sergio Moro julgava os processos da Lava Jato em primeira instância jurídica. Segundo a Vaza Jato (diálogos entre membros do Judiciário paranaense no contexto da operação e com divulgação a partir de 2019), Moro trabalhava como assistente de acusação, ao interferir na elaboração de denúncias feitas por promotores do Ministério Público Federal (MPF-PR). Em 2021, o STF confirmou a decisão anteriormente proferida pela Segunda Turma da Corte no sentido de declarar a suspeição de Moro nos processos contra Lula.

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Em 2016, promotores do MPF-PR denunciaram o petista sem provas, ao acusá-lo de receber um apartamento da empresa OAS como propina. O procurador Henrique Pozzobon reconheceu que não havia "provas cabais" da acusação. Mas Lula foi preso em 7 de abril de 2018 e deixou a cadeia em 8 de novembro do ano seguinte. 

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Após tirar o petista da eleição de 2018, Moro aceitou ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), mas deixou o governo acusando Jair Bolsonaro (PL) de interferência na Polícia Federal, subordinada à pasta.

Em 2022, quando tentava candidatura ao Senado, Moro foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) por fraude em domicílio eleitoral e, como consequência, decidiu ser candidato pelo Paraná. 

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Além da parcialidade jurídica de Moro, a Lava Jato destruiu milhões de empregos, ao tentar punir empresas ao invés de fazer as pessoas que trabalham nas empreiteiras brasileiras como alvos de condenações. A operação destruiu cerca de quatro milhões de empregos, apontou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em 2021. 

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