Moro quer justificativa para indicação de agentes públicos como testemunhas
Juiz da Lava Jato pediu que a defesa do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, justifique a necessidade de indicar ministros e parlamentares para prestarem depoimento como testemunhas de defesa nas ações que o executivo responde; ontem, a defesa de Pessoa, que está preso, arrolou como testemunhas os deputados federais Arlindo Chinaglia (PT-SP), Paulo Pereira da Silva (SD-SP), Jutahy Júnior (PSDB-BA), Arnaldo Jardim (PPS-SP), que está licenciado, além do ministro da Defesa, Jaques Wagner, e do ex-ministro das Comunicações, Paulo Bernardo
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, pediu nesta sexta-feira 30 que a defesa do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, justifique a necessidade de indicar ministros e parlamentares para prestarem depoimento como testemunhas de defesa nas ações que o executivo responde.
Ontem (29), ao apresentar defesa preliminar à 13ª Vara Federal em Curitiba, a defesa de Pessoa, que está preso, arrolou como testemunhas os deputados federais Arlindo Chinaglia (PT-SP), Paulo Pereira da Silva (SD-SP), Jutahy Júnior (PSDB-BA), Arnaldo Jardim (PPS-SP), que está licenciado, além do ministro da Defesa, Jaques Wagner, e do ex-ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
Por determinação do juiz, a defesa de Ricardo Pessoa deverá, em cinco dias, esclarecer a relevância dos depoimentos das pessoas indicadas e informar se os agentes públicos arrolados têm conhecido dos desvios na Petrobras ou se podem esclarecer algo a respeito.
Segundo Moro, o processo judicial não pode gerar constrangimento a agentes públicos sem relação com a investigação. "Há a possibilidade de que tais testemunhas tenham sido arroladas apenas com propósitos meramente abonatórios, o que não seria justificável, pois testemunha é quem sabe fatos relevantes para o julgamento, ou seja, deve ter conhecimento sobre fatos que são objeto da imputação", disse.
Na segunda-feira (26), a defesa de Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, que também está preso, pediu à Justiça Federal que a presidenta Dilma Rousseff fosse intimada como testemunha de defesa. Ele voltou atrás e logo depois retirou o pedido.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247