Moro pede que Odebrecht revele 'todos os crimes' em acordo

Juiz da Lava Jato recomendou ao Grupo Odebrecht que firme acordo de leniência e revele todos os crimes cometidos pelas empresas; "É pior para a reputação da empresa tentar encobrir a sua responsabilidade do que assumi-la", afirmou Sérgio Moro na sentença em que condenou o empresário Marcelo Odebrecht; Moro também decretou multas que ao todo somam R$ 240,7 milhões aos cinco executivos ligados à Odebrecht e ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, todos condenados nesta terça-feira, 8

Juiz da Lava Jato recomendou ao Grupo Odebrecht que firme acordo de leniência e revele todos os crimes cometidos pelas empresas; "É pior para a reputação da empresa tentar encobrir a sua responsabilidade do que assumi-la", afirmou Sérgio Moro na sentença em que condenou o empresário Marcelo Odebrecht; Moro também decretou multas que ao todo somam R$ 240,7 milhões aos cinco executivos ligados à Odebrecht e ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, todos condenados nesta terça-feira, 8
Juiz da Lava Jato recomendou ao Grupo Odebrecht que firme acordo de leniência e revele todos os crimes cometidos pelas empresas; "É pior para a reputação da empresa tentar encobrir a sua responsabilidade do que assumi-la", afirmou Sérgio Moro na sentença em que condenou o empresário Marcelo Odebrecht; Moro também decretou multas que ao todo somam R$ 240,7 milhões aos cinco executivos ligados à Odebrecht e ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, todos condenados nesta terça-feira, 8 (Foto: Aquiles Lins)


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Paraná 247 - O juiz federal Sérgio Moro recomendou ao Grupo Odebrecht que firme acordo de leniência e revele a prática de crimes cometidos pelas empresas.

"O Grupo Odebrecht, por sua dimensão, tem uma responsabilidade política e social relevante e não pode fugir a elas, sendo necessário, como primeiro passo para superar o esquema criminoso e recuperar a sua reputação, assumir a responsabilidade por suas faltas pretéritas. É pior para a reputação da empresa tentar encobrir a sua responsabilidade do que assumi-la", afirmou Moro na sentença em que condenou o empresário Marcelo Odebrecht a 19 anos de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa (leia mais).

Pegaram a mesma pena pelos mesmos crimes, neste processo, os executivos Márcio Faria e Rogério Araújo, ex-diretores da Odebrecht. Também foram condenados os executivos César Ramos Rocha e Alexandrino Alencar, ligados à Odebrecht, os ex-funcionários da Petrobrás Renato Duque, Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco e o doleiro Alberto Youssef.

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Ao recomendar a leniência, o juiz assinalou. “Embora a sentença não se dirija contra o próprio Grupo Odebrecht, tomo a liberdade de algumas considerações que reputo relevantes. Considerando as provas do envolvimento da empresa na prática de crimes, recomendo à empresa que busque acertar sua situação junto aos órgãos competentes, Ministério Público Federal, CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Petrobrás e Controladoria Geral da União. Este Juízo nunca se manifestou contra acordos de leniência e talvez sejam eles a melhor solução para as empresas considerando questões relativas a emprego, economia e renda", afirmou. 

Além da recomendação de acordo de leniência, o juiz Sérgio Moro decretou multas que ao todo somam R$ 240,7 milhões aos cinco executivos ligados a Odebrecht e ao ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, todos condenados nesta terça-feira, 8. "Valor mínimo necessário para indenização dos danos decorrentes dos crimes, a serem pagos à Petrobras", afirmou Moro. 

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Segundo Moro, o valor da multa 'corresponde ao montante pago em propina à Diretoria de Abastecimento e à Diretoria de Serviços e Engenharia e que, incluído como custo das obras no contrato, foi suportado pela Petrobrás'.

"O valor deverá ser corrigido monetariamente até o pagamento. Os condenados respondem na medida de sua participação nos delitos, segundo detalhes constantes na fundamentação e dispositivo", sustentou o juiz da Lava Jato.

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