Moro nega habeas corpus e Bumlai permanece preso

Juiz federal do Paraná Sérgio Moro recusou o pedido de soltura feito pela defesa do empresário e pecuarista José Carlos Bumlai, preso em um dos desdobramentos da Operação Lava Jato; advogados pediam sua soltura uma vez que ele confessou ter pego um empréstimo de R$ 12 milhões junto ao Banco Shahin e que teria repassado o montante ao PT; sustenta a "aparente utilização indevida" do nome do ex-presidente Lula no tráfico de influência em outros negócios pertencentes a Bumlai

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bumlai (Foto: Paulo Emílio)


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247 - O juiz federal do Paraná Sérgio Moro recusou o pedido de habeas corpus feito pela defesa do empresário e pecuarista José Carlos Bumlai.

A defesa de Bumlai, que foi preso em dos desdobramento da Operação Lava Jato, pedia a sua soltura uma vez que ele confessou ter pego em empréstimo de R$ 12 milhões junto ao Banco Shahin e disse ter repassado o montante ao PT.

O pagamento da dívida foi feito mediante um contrato no valor de US$ 1,6 bilhão firmado pela Petrobras com uma outra empresa do grupo Shahin.

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Dentre várias outras alegações, Moro sustenta a "aparente utilização indevida" do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no tráfico de influência em outros negócios.

Em seu depoimento de delação premiada, o lobista Fernando Baiano afirma que Lula teria se reunido em pelo menos duas ocasiões com Bumlai e o ex-presidente da Sete Brasil para intermediar negócios em nome do grupo OSX do empresário carioca Eike Batista. Moro também disse considerar estranha as "obscuras" circunstâncias em que Bulai obteve empréstimos junto ao BNDES.

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Abaixo, reportagem da Agência Brasil:

Sérgio Moro nega pedido de liberdade ao empresário José Carlos Bumlai

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Andre Richter – O juiz federal Sérgio Moro negou hoje (18) pedido de liberdade feito pela defesa do empresário e pecuarista José Carlos Bumlai, denunciado na terça-feira com mais dez investigados na Operação Passe Livre, a 21ª fase da Lava Jato, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com a acusação, Bumlai usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin. Segundo os procuradores, depoimentos de investigados que assinaram acordos de delação premiada revelam que o empréstimo de R$ 12 milhões se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação da Construtora Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009.

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Os advogados de Bumlai alegam que não há motivos para que o empresário continue preso, já que confessou em depoimento à Polícia Federal que o empréstimo tinha por real destinatário o PT e que a quitação foi fraudulenta.

Apesar de reconhecer que a confissão do empresário poderá beneficiá-lo durante o processo, Moro discordou das alegações da defesa e afirmou que Bumlai ainda apresenta riscos à investigação penal. "Não há como controlar as atividades do acusado fora do cárcere considerando que as condutas supostamente delitivas foram praticadas sub-repticiamente e acobertadas por fraudes ainda não inteiramente descobertas".

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A Schahin diz que o modelo de contratação dos navios-sonda foi o mesmo praticado pela Petrobras com todas as concorrentes que prestaram o mesmo serviço. Desde o surgimento das primeiras denúncias, o PT sustenta que todas as doações obtidas pelo partido foram feitas de forma legal e declaradas às autoridades.

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