Moro mantém depoimento de Dirceu para esta sexta
Juiz federal Sergio Moro negou o pedido da defesa do ex-ministro José Dirceu para adiar o depoimento que ele prestará nesta sexta-feira, 28, na ação penal que ele responde na Operação Lava Jato; sobre o pedido de aguardar até que o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque finalize as negociações sobre o acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, Moroxplicou que os advogados não têm direito de saber se o acordo de delação está em curso; além disso, Moro afirmou que não há previsão legal para adiar o depoimento antes de declarações de delatores
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André Richter, da Agência Brasil - O juiz federal Sergio Moro manteve para amanhã (29), às 14h, na sede Justiça Federal, em Curitiba, o depoimento do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu na ação penal que ele responde na Operação Lava Jato.
Moro negou pedido da defesa de Dirceu para adiar a oitiva até que o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque finalize as negociações sobre o acordo de delação premiada com a força-tarefa do Ministério Público Federal, que comanda as investigações.
O juiz explicou que os advogados não têm direito de saber se o acordo de delação está em curso. Além disso, Moro afirmou que não há previsão legal para adiar o depoimento antes de declarações de delatores.
A defesa afirmou que José Dirceu não vai ficar calado durante o depoimento e que vai esclarecer todos os fatos imputados a ele. No entanto, os advogados argumentaram que a fase de oitivas terminará amanhã e, dessa forma, o depoimento deveria ser feito após Dirceu tomar conhecimento prévio de todos os fatos imputados a ele, inclusive por delatores.
José Dirceu e mais 15 investigados foram denunciados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A acusação contra o ex-ministro se baseou nas afirmações de Milton Pascowitch, em depoimento de delação premiada.
O delator disse que fez pagamentos em favor de Dirceu e Fernando Moura, empresário ligado ao ex-ministro. Segundo os procuradores, o dinheiro saiu de contratos entre a empreiteira Engevix e a Petrobras.
Dirceu está preso preventivamente desde agosto do ano passado em um presídio em Curitiba. A defesa do ex-ministro afirma que a denúncia é inepta, por falta de provas. De acordo com os advogados, a acusação foi formada apenas com declarações de investigados que firmaram acordos de delação premiada.
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