Moro: lei do direito de resposta pode possibilitar censura

"A minha crítica não é contra o direito de resposta em si, isso é assegurado constitucionalmente e, em princípio, amplia o debate. Mas a forma, o procedimento, a vagueza da lei em não estabelecer as hipóteses em que esse direito deve ser exercido acabam possibilitando que ela seja usada como instrumento de censura", afirmou o juiz, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, durante palestra no IX Fórum da Associação Nacional de Editores de Revista em São Paulo

"A minha crítica não é contra o direito de resposta em si, isso é assegurado constitucionalmente e, em princípio, amplia o debate. Mas a forma, o procedimento, a vagueza da lei em não estabelecer as hipóteses em que esse direito deve ser exercido acabam possibilitando que ela seja usada como instrumento de censura", afirmou o juiz, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, durante palestra no IX Fórum da Associação Nacional de Editores de Revista em São Paulo
"A minha crítica não é contra o direito de resposta em si, isso é assegurado constitucionalmente e, em princípio, amplia o debate. Mas a forma, o procedimento, a vagueza da lei em não estabelecer as hipóteses em que esse direito deve ser exercido acabam possibilitando que ela seja usada como instrumento de censura", afirmou o juiz, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, durante palestra no IX Fórum da Associação Nacional de Editores de Revista em São Paulo (Foto: Aline Lima)


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Paraná 247 - O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, fez uma crítica à lei do direito de resposta nesta segunda-feira 23, durante palestra no IX Fórum da Associação Nacional de Editores de Revista em São Paulo. Segundo ele, a lei pode possibilitar censura.

"A minha crítica não é contra o direito de resposta em si, isso é assegurado constitucionalmente e, em princípio, amplia o debate. Mas a forma, o procedimento, a vagueza da lei em não estabelecer as hipóteses em que esse direito deve ser exercido acabam possibilitando que ela seja usada como instrumento de censura", explicou o magistrado.

Ele defendeu que a legislação deveria ser mais clara, por exemplo, ao estabelecer em quais casos deve ser usado o direito de resposta à pessoa que se sentiu ofendida por uma reportagem veiculada na imprensa.

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"Podem até ter sido boas as intenções, mas na formatação, ela ficou vaga demais", comentou Moro. "Ofendido em qualquer circunstância? Mesmo se o fato for verídico? Mesmo se o fato for informado com base em informações devidamente com aquele razoável cuidado pelo órgão de imprensa?", questionou.

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