Ministro diz que PF abriu investigação para apurar agressão e ameaça feita por delegado da PF contra professor no Paraná

'Informo que já houve o registro formal e as apurações administrativas serão procedidas na PF, visando ao esclarecimento dos fatos e cumprimento da lei', disse Flávio Dino

Flávio Dino, ministo da Justiça
Flávio Dino, ministo da Justiça (Foto: Valter Campanato)


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247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para informar que a Polícia Federal (PF) abriu uma apuração administrativa para apurar a denúncia de que o professor Gabriel Barbosa Rossi, que leciona em uma escola particular de Guaíra, Paraná, teria sido agredido e ameaçado de morte pelo pai de um aluno que teria se identificado como delegado da corporação. A agressão teria ocorrido após após o professor advertir o estudante por ter feito uma saudação nazista.

"Sobre a denúncia veiculada pelo Professor Gabriel Barbosa Rossi, no Paraná, informo que já houve o registro formal e as apurações administrativas serão procedidas na Polícia Federal, visando ao esclarecimento dos fatos e cumprimento da lei", postou Dino nas redes sociais.

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Segundo o site Pragmatismo Político, o agressor, que se identificou como delegado da Polícia Federal, chegou em frente ao Colégio Franciscano Nossa Senhora do Carmo (Confracarmo) conduzindo uma viatura da corporação. Testemunhas relataram que o professor Gabriel foi xingado, empurrado, esganado e teve uma arma apontada para sua cabeça. Mesmo diante da intervenção de um guarda da escola e de uma mãe de outra aluna, que tentaram intervir para impedir as agressões, ambos foram ameaçados pelo delegado e tiveram que recuar.

"Esse pai chegou na porta da escola perguntando se ele era o professor Gabriel […] meu filho se virou com a mão estendida para cumprimentar, e o pai agarrou o braço dele e começou com as agressões. Deu um mata-leão, asfixiou, deu voz de prisão. Em seguida, colocou uma arma na testa dele", disse Maria Helena, mãe do professor, à reportagem.

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De acordo com testemunhas, o motivo da revolta do pai do aluno foi a advertência feita pelo professor Gabriel em relação ao comportamento preconceituoso do estudante, que costuma fazer comentários discriminatórios e demonstrar desrespeito aos educadores. O aluno já havia sido flagrado fazendo a saudação nazista na escola.

Ainda segundo a reportagem, o Sindicato dos Professores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) manifestou solidariedade a Gabriel e exigiu a responsabilização criminal do delegado. O Colégio Franciscano Nossa Senhora do Carmo também se manifestou sobre o caso e divulgou uma “nota de repúdio a toda e qualquer violência”.

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