Marun amarela e exclui denúncia de Tacla Duran contra amigo de Moro de relatório da CPMI da JBS

Cedendo à pressão do governo, o relator da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da JBS, deputado Carlos Marun (PMDB) retirou do relatório final as acusações de Rodrigo Tacla Duran fez contra Carlos Zucolotto e o pedido para investigar o amigo de Sergio Moro e os procuradores de Curitiba; Duran reafirmou, durante depoimento à CPMI, que recebeu um pedido de pagamento de propina de R$ 5 milhões por parte de Zucolotto, que é amigo pessoal de Moro e ex-sócio da esposa do juiz de Curitiba, para melhorar a proposta de delação de Duran com a Lava Jato

Deputado Carlos Marun, presidente da comissão especial da reforma da Previdência, no Palácio do Planalto em Brasília 11/04/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Deputado Carlos Marun, presidente da comissão especial da reforma da Previdência, no Palácio do Planalto em Brasília 11/04/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Charles Nisz)


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Jornal GGN - O jornal Folha de S. Paulo informou na tarde desta quinta (14) que o relator da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da JBS, deputado Carlos Marun (PMDB), sucumbiu a pressões do governo e de membros da própria comissão e retirou do relatório final as acusações de Rodrigo Tacla Duran fez contra Carlos Zucolotto e o pedido para investigar o amigo de Sergio Moro e os procuradores de Curitiba.

Segundo Folha, um acordão foi feito para também retirar do texto o indiciamento de Rodrigo Janot e seu ex-chefe de gabinete na Procuradoria Geral da República, o procurador Eduardo Pellela.

"A versão suavizada posta em votação é fruto de acordos: o governo pressionava pela retirada dos pedidos de indiciamento, e os parlamentares da comissão ameaçavam pedir verificação do quorum, o que derrubaria a sessão e implicaria o encerramento da CPMI sem a aprovação de um relatório", explicou o jornal.

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O deputado Wadih Damous (PT), que foi à Espanha com Paulo Pimenta (PT) colher o depoimento de Tacla Duran, fez um relatório parcial para a CPMI, pedindo que Zucolotto e os procuradores Carlos Fernando dos Santos Lima, Roberto Pozzobom e Julio Noronha fossem investigados.

Duran reafirmou, durante depoimento à CPMI, que recebeu um pedido de pagamento de propina por parte de Zucolotto, que é amigo pessoal de Moro e ex-sócio da esposa do juiz de Curitiba. O advogado teria pedido 5 milhões de dólares para melhorar a proposta de delação de Duran com a Lava Jato.

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O relatório final pede uma investigação contra Janot e Pellela, mas apenas foram indiciados de imediato o ex-procurador Marcelo Miller, que ajudou na delação da JBS, e os empresários do grupo - Ricardo Saud e os irmãos Joesley e Wesley Batista.

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