Marcelo Odebrecht insinua que cunhado destruiu provas

Em depoimento à Polícia Federal, Marcelo Odebrecht diz que seu cunhado e vice-presidente jurídico do grupo, Maurício Ferro, ajudou a acabar com o chamado Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propinas da empresa; a extinção do setor de propina pode ser interpretada como obstrução de Justiça; em janeiro de 2016, a empresa destruiu as chaves eletrônicas do MyWebDay, sistema de comunicação usado para controlar o pagamento de propina e de caixa 2

Marcelo Odebrecht 
Marcelo Odebrecht  (Foto: Charles Nisz)


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247 - Em depoimento à Polícia Federal, Marcelo Odebrecht diz que seu cunhado e vice-presidente jurídico do grupo, Maurício Ferro, ajudou a acabar com o chamado Setor de Operações Estruturadas, mais conhecido como departamento de propinas da empresa. Desde 2013, Ferro é vice-presidente jurídico do grupo Odebrecht, o mesmo cargo que ocupou antes na Braskem.

Segundo Marcelo, ele mesmo pediu que Ferro extinguisse o setor de propinas quando ainda presidia o grupo, no começo de 2015. O Setor de Operações Estruturadas era subordinado diretamente a Marcelo. Preso em 2015, Marcelo  ficou dois anos e meio detido em Curitiba e foi colocado em prisão domiciliar no fim de 2017.

A extinção do setor de propina pode, em tese, ser interpretada como obstrução de Justiça. A pena por esse delito é de três a oito anos de prisão. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, onde a Odebrecht também firmou acordos, chaves de acesso aos arquivos secretos da Odebrecht foram apagadas. Em janeiro de 2016, Luiz Eduardo da Rocha Soares e Fernando Migliaccio destruíram as chaves eletrônicas do sistema MyWebDay. Era por meio desse sistema de comunicação que a Odebrecht controlava pagamento de propina e de caixa dois.

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Marcelo cotou relações com a família por considerar que foi prejudicado com o acordo assinado pelo grupo. Outros executivos que tinham conhecimentos das irregularidades foram preservados. Ele também ataca Newton de Souza, que o substituiu na presidência do grupo em dezembro de 2015. Segundo ele, Newton recebeu R$ 70 milhões em bônus fora do Brasil, em operação feita pelo departamento de propina.

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