Lula homenageia o reitor Cancellier, que se matou após ser humilhado publicamente pela Lava Jato

"Pode ter morrido a sua carne, mas suas ideias continuarão no meio de nós", afirmou o presidente durante encontro com reitores

Luiz Carlos Cancellier e Lula
Luiz Carlos Cancellier e Lula (Foto: Pipo Quint/Agecom UFSC | Reuters/Adriano Machado)


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247 - Durante encontro com reitores de universidades nesta quinta-feira (19), o presidente Lula (PT) homenageou o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier.

Cancellier se matou em 2017, 18 dias após ser preso, sem provas, no âmbito da Operação Ouvidos Moucos, um desdobramento da Lava Jato.

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Ele era acusado de interferir nas investigações na corregedoria da universidade. A suposta interferência, porém, nunca foi comprovada. "Minha morte foi decretada quando fui banido da universidade", escreveu ele em bilhete encontrado depois do suicídio.

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"Hoje a gente está comemorando cinco anos e quatro meses de um aberração que aconteceu nesse país, que foi a morte do reitor Luiz Carlos Cancellier. Faz cinco anos e quatro meses que esse homem se matou pela pressão de uma polícia de ignorantes, de um promotor ignorante, de pessoas insensatas que condenaram as pessoas antes de investigar e julgar, e a gente não pôde nem fazer um ato em homenagem a ele porque nesse país deixou de existir reunião de reitores há muito tempo”, afirmou Lula, que também foi perseguido pela Lava Jato e que passou 580 dias preso injustamente. 

"Quero aproveitar esse momento, com cinco anos e quatro meses de atraso, e dizer para você, meu caro Luiz Carlos Cancellier, que pode ter morrido a sua carne, mas as suas ideias continuarão no meio de nós a cada momento que a gente pensar em educação, na formação profissional e intelectual do povo brasileiro. Esteja onde você estiver, pode ficar certo que aqui tem muita gente disposta a dar sequência ao trabalho que você fazia e às ideias que você acreditava. Você morreu, mas as suas ideias continuam vivas, e nós haveremos de recuperá-las e trabalhar para que a gente nunca mais permita que aconteça o que aconteceu com aquele reitor em Santa Catarina”, finalizou.

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