Luciano Hang, que financiou Bolsonaro, agora palpita na eleição do Uruguai
Dono das lojas Havan, que ajudou a financiar a campanha de Bolsonaro, diz que 'amanhã é o dia' para os uruguaios 'se livrarem do comunismo'. Campanha presidencial da direita no país sofre forte influência do bolsonarismo e do discurso fundamentalista religioso
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, foi às redes sociais "dar conselhos" aos uruguaios, que irão às urnas neste domingo 24 votar para o sucessor do atual presidente, Tabaré Vazquez.
As pesquisas indicam que o opositor Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional, de direita, caminha para derrotar Daniel Martínez e encerrar um longo cíclo de 15 anos de governo liderado pela Frente Ampla, partido de esquerda do qual faz parte o ex-presidente Pepe Mujica.
A campanha da direita no Uruguai sofre forte influência do bolsonarismo, com aspectos como o militarismo e o discurso fundamentalista religioso entre suas características, conforme explicou ao 247 o analista político Jeferson Miola, que está em Montevidéu (assista aqui).
No Twitter, Luciano Hang escreve que o Uruguai está "aprisionado pela corrupção e pelo comunismo" e que "se o povo uruguaio quer [sic] realmente ser livre, amanhã é o dia". "Uruguaios: não desperdicem a chance, senão vocês correm o risco de virar uma Argentina ou uma Venezuela!", coloca ainda.
O estímulo do empresário, um dos maiores financiadores da campanha de Jair Bolsonaro em 2018, faz conexão com uma denúncia de disparo de mensagens de celulares do Brasil a eleitores do Uruguai, com tom ameaçador para que votem em Luis Lacalle Pou, conforme também trouxe Miola no Boa Noite 247 transmitido neste sábado (ao final deste vídeo).
Confira as postagens de Hang:
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247