Lava Jato investiga se Cunha usava nome falso em banco suíço
A Operação Lava Jato tenta descobrir se o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) usava um e-mail falso para se comunicar com o banco Julius Bär, da Suíça; de acordo com o MPF, uma conta de e-mail registrada em nome de Carlos Trívoli, pode ter sido usada para que o peemedebista fizesse contato com funcionários do banco; o juiz federal Sérgio Moro determinou à operadora Vivo a quebra de sigilo de um IP, o número de endereço eletrônico único, que corresponde a cada acesso que se faz à internet
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Paraná 247 - A Operação Lava Jato tenta descobrir se o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) usava um e-mail falso para se comunicar com o banco Julius Bär, da Suíça. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), uma conta de e-mail registrada em nome de Carlos Trívoli, pode ter sido usada para que o peemedebista fizesse contato com funcionários do banco.
"Conforme bem pontuou o MPF, como o IP externo é variável e muda em cada acesso do usuário à internet, com o levantamento do sigilo cadastral e o fornecimento, à provedora de internet, do endereço IP e das informações de acesso (data e horário), é possível determinar, com elevado grau de precisão, os dados cadastrais do responsável pelo acesso e, portanto, do utilizador do email", disse Moro no despacho protocolado nesta segunda-feira (5).
Cunha está preso na carceragem da Polícia Federa, em Curitiba, desde o dia 19 de outubro deste ano. O ex-parlamentar teve o mandato cassado, por ter mentido em uma sessão na Câmara dos Deputados, onde afirmou não ter contas na Suíça. Investigadores da Lava Jato afirmam que ele possui as contas no referido País, o que também foi confirmado pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot.
O peemedebista é réu em uma ação penal e em uma ação de improbidade administrativa, que correm na Justiça Federal de Curitiba. A esposa dele, Cláudia Cordeiro Cruz, também é ré em uma ação penal. Cunha é acusado de receber propina por contratos firmados na Petrobras. Ainda não houve julgamento.
O advogado Marlus Arns de Oliveira, não comentou o assunto.
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