Lava Jato: ex-diretor da Petrobras deixa cadeia
Preso desde novembro, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque deixou a carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba (PR); a revogação da prisão foi concedida STF; tanto o doleiro Alberto Youssef, que liderava o esquema, como o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa afirmou que Duque era um dos beneficiados com a fraude, que resultava em formação de cartel, superfaturamento de contratos e desvio de recursos; Duque nega as acusações
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Paraná 247 – O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque deixou, nesta quarta-feira (3), a carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba (PR). Ele estava preso desde novembro. A revogação da prisão foi concedida na terça-feira (2) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki.
Duque é suspeito de integrar um esquema de corrupção envolvendo políticos, empreiteiras e a Petrobras. Cerca de R$ 10 bilhões teriam sido movimentados conforme a Polícia Federal (PF).
Tanto o doleiro Alberto Youssef, que liderava o esquema, como o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa afirmou que Duque era um dos beneficiados com a fraude, que resultava em formação de cartel, superfaturamento de contratos e desvio de recursos.
De acordo com os delatores, a Diretoria de Serviços cobrava propinas de até 3% sobre o valor total de uma obra, recursos supostamente repassados para o PT e para operadores do esquema.
O advogado que representa Duque, Roberto Brzenzinski, disse que tinha confiança de que a liberdade do cliente era uma questão de tempo. "Até porque ele se encontra afastado da Petrobras há vários anos e o principal fundamento da prisão seria evitar um risco de fuga", afirmou em conversa com a imprensa.
Outro lado
Duque negou as acusações, no último dia 20, em depoimento à Polícia Federal, e afirmou desconhecer caso de corrupção na Petrobras. Ele confirmou ter recebido R$ 1,6 milhão da construtora UTC, porém disse que o valor era referente a pagamentos por serviços de consultoria que prestou após deixar a Petrobras.
O ex-diretor também negou ter conhecimento de que um subordinado dele na estatal, Pedro Barusco, recebeu propina. Barusco assinou um acordo de delação premiada no qual se compromete a devolver mais de US$ 100 milhões.
Em relação ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, Duque afirmou que o conhece e que esteve com ele algumas vezes, mas negou que tenha visto o petista na sede da Petrobras.
Neto foi apontado como receptador dos recursos que supostamente abasteceram o caixa do partido. Ele também nega ter cometido irregularidades.
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