Lava Jato: após recesso, Justiça interroga Barusco e mais dois
Depois do período de recesso, a Justiça Federal do Paraná retoma as audiências relacionadas à Operação Lava Jato, em Curitiba; os primeiros a serem ouvidos nesta quarta-feira (20) pelo juiz Sergio Moro serão ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, Milton Pascowitch, que cumpre prisão domiciliar, e o irmão dele José Adolfo Pascowith; os três são delatores do esquema de corrupção envolvendo a Petrobras, além de políticos e empreiteiros, investigados pela PF
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247 - Depois do período de recesso, a Justiça Federal do Paraná retoma as audiências relacionadas à Operação Lava Jato nesta quarta-feira (20), em Curitiba. A partir das 14h, o juiz Sérgio Moro inicia uma oitiva de réus em um processo da 17ª fase da operação – batizada de Pixuleco I.
A ação investiga, entre outras questões, o envolvimento do ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu no esquema bilionário de corrupção, fraude, desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras. O ex-ministro está preso desde agosto de 2015 e, atualmente, está detido no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região de Curitiba.
Os primeiros a serem ouvidos, nesta quarta, serão Milton Pascowitch, que cumpre prisão domiciliar, o irmão dele José Adolfo Pascowith e o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco. Os três são delatores do esquema investigados pela PF.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), José Adolfo atuava como operador, assim como o irmão, da diretoria de Serviços da Petrobras, que era ocupada por Duque. O ex-diretor da estatal já é réu em ações penais originadas da Lava Jato. Milton Pascowitch atuava como elo entre a diretoria de Serviços da estatal e o PT.
As investigações também apontaram que o contato era feito por meio da JD Consultoria, de propriedade de José Dirceu. Milton atuava junto à Engevix, empreiteira com contratos com a estatal e que é acusada de pagar propinas a diretores. Em outras ocasiões, o advogado de José Dirceu negou o envolvimento do cliente nos fatos e argumento que a prisão do petista tem cunho político.
O irmão de Milton também foi investigado na 13ª fase, quando dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa dele, em São Paulo.
Também são réus nesta ação o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Ambos também estão presos no complexo médico e, de acordo com a Justiça Federal, serão interrogados pelo magistrado até o dia 29 de janeiro.
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