Justiça solta vereador que teria exigido propina
O Tribunal de Justiça do Paraná decidiu soltar nesta quarta-feira o vereador do município de Umuarama Hemerson Yokota (PR), que foi preso na terça sob acusação de ter 'exigido' propina para votar a favor de um projeto de lei que doaria terrenos para um empresário do setor de móveis; segundo a Polícia Civil, o parlamentar foi detido num clube da cidade, onde teria recebido R$ 25 mil em dinheiro do empresário; Yokota vai responder pelo crime de concussão – quando é exigida vantagem indevida em razão da função pública; o juiz determinou também o afastamento de Yokota do cargo de vereador, mas caberá à Câmara Municipal decidir afastá-lo ou não
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Paraná 247 - O Tribunal de Justiça do Paraná decidiu soltar nesta quarta-feira (23) o vereador do município de Umuarama Hemerson Yokota (PR), que foi preso na terça (22) sob acusação de ter 'exigido' propina para votar a favor de um projeto de lei que doaria terrenos para um empresário do setor de móveis.
Segundo a Polícia Civil, o parlamentar foi detido num clube da cidade, onde teria recebido R$ 25 mil em dinheiro do empresário. Yokota vai responder pelo crime de concussão – quando é exigida vantagem indevida em razão da função pública.
Em entrevista ao G1, o advogado do parlamentar, Doroteu Zimiani, a Justiça aceitou o pedido da defesa de relaxamento da prisão em flagrante. "O juiz entendeu que não houve o flagrante. O verbo diz exigir, que ele exigiu em outro momento e foi preso dias depois. Ou seja, teve um flagrante presumido, o que a lei não atende", diz Doroteu.
O juiz determinou também o afastamento de Yokota do cargo de vereador, mas caberá à Câmara Municipal de Umuarama tomar a decisão de afastá-lo ou não.
Empresário fez a denúncia
De acordo com o delegado Pedro Fontana, as investigações começaram após o próprio empresário procurar a polícia. "Fomos procurados por um empresário dizendo que teria sido exigido dinheiro dele para a aprovação da doação de terreno para a empresa dele. Em razão disso começamos a monitorar o empresário e o vereador. Na terça-feira, quando foi feita parte do pagamento, fizemos a abordagem do vereador, encontramos o dinheiro com ele, e demos a voz de prisão por concussão", diz o delegado Fontana.
Inicialmente, o vereador teria pedido R$ 80 mil em troca da facilitação para a doação do terreno. Porém, o valor foi negociado e fechado em R$ 60 mil, divididos em duas parcelas: R$ 25 mil, entregues na terça-feira, em um clube; e outros R$ 35 mil, que seriam pagos no primeiro dia útil do mês de janeiro de 2016.
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