Justiça condena Zelada a 12 anos de prisão
Juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, condenou o ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro a 12 anos e dois meses de prisão; ele foi preso em julho de 2015
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Paraná 247 - A Justiça Federal condenou o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com pena de 12 anos e dois meses de prisão. A decisão foi publicada pelo juiz Sérgio Moro nesta segunda-feira, 1º.
Também foram condenados, na mesma ação, o ex-gerente da Petrobras Eduardo Costa Vaz Musa e os lobistas João Augusto Rezende Henriques e Hamylton Pinheiro Padilha Júnior, que tem acordo de delação premiada junto ao Ministério Público Federal (MPF).
"As provas colacionadas neste mesmo feito, indicam que passou a dedicar-se à prática de crimes no exercício do cargo de Diretor da Petrobás, visando seu próprio enriquecimento ilícito e de terceiros, o que deve ser valorado negativamente a título de culpabilidade", afirmou Moro na sentença.
Zelada foi preso em julho de 2015, em meio a 15ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Mônaco. O ex-diretor da Petrobras teve mais de 10 milhões de euros bloqueados em contas bancárias no exterior. Ele está detido no Complexo Médico-Penal, na Região Metropolitana de Curitiba.
De acordo com a denúncia apresentada pelo MPF, Zelada e Musa, aceitaram receber propina de US$ 30 milhões para favorecer a contratação, em 2009, da empresa Vantage Drilling Corporation - representada por Padilha - para afretamento do navio-sonda Titanium Explorer pela Petrobras. O contrato foi de US$ 1,816 bilhão.
Esta não é a primeira condenação de Zelada e Henriques envolvendo irregularidades na Petrobras. A 27ª Vara Criminal do Rio condenou Jorge Zelada e João Augusto Rezende Henriques a quatro anos de prisão em regime semi-aberto por fraude em uma licitação em que a vencedora foi a Odebrecht, causando um prejuízo de milhões de dólares à estatal.
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