Justiça aceita denúncia contra 27 na Lava Jato

Entre os investigados que serão alvo de ação penal aberta pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, estão o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque; eles e outros 25 se tornaram réu sob a acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha; denúncia foi apresentada na segunda-feira passada

Entre os investigados que serão alvo de ação penal aberta pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, estão o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque; eles e outros 25 se tornaram réu sob a acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha; denúncia foi apresentada na segunda-feira passada
Entre os investigados que serão alvo de ação penal aberta pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, estão o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque; eles e outros 25 se tornaram réu sob a acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha; denúncia foi apresentada na segunda-feira passada (Foto: Gisele Federicce)


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André Richter - Repórter da Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro aceitou hoje (23) denúncia contra 27 investigados na Operação Lava Jato, entre eles o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. A ação penal inclui o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, além de outros investigados na décima fase da operação, deflagrada semana passada.

A partir de agora, os envolvidos serão chamados a prestar depoimento, poderão apresentar defesa e indicar testemunhas.

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Entre os acusados que também tornaram-se réus estão o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e executivos de empreiteiras, já investigados em outras fases da Operação Lava Jato. Todos são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e formação de quadrilha.

Na denúncia, os procuradores apontam novos desvios de recursos em contratos com a Petrobras. Desta vez, as obras investigadas foram a Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, no Paraná, e a Refinaria de Paulínia, em São Paulo.

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Para os procuradores, João Vaccari Neto participou de reuniões com Renato Duque, nas quais eram acertados os valores que seriam transferidos ao PT por meio de doações legais. Segundo o MPF, foram feitas 24 doações de R$ 4,26 milhões.

Ao abrir a ação penal, Moro informou que "há prova documental do repasse de parte da propina em doações eleitorais registradas ao Partido dos Trabalhadores, o que teria sido feito por solicitação de Duque e de Vaccari".

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Segundo Moro, a comprovação de doações legais não encobre a origem ilícita de recursos. "A realização de doações eleitorais, ainda que registradas, com recursos provenientes de crime, configura, em tese, crime de lavagem de dinheiro. Além disso, se, como afirma o MPF, as doações foram acertadas como parte da propina dirigida a Diretoria de Serviços, há igualmente participação de João Vaccari no crime de corrupção passiva", ressaltou o juiz.

A defesa de Vaccari afirma que o tesoureiro não participou de nenhum esquema para arrecadação de propina para o partido. Os advogados acrescentam que as doações solicitadas por Vaccari foram legais e feitas de forma transparente.

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Em nota divulgada semana passada, após ser denunciado pelo MPF, a defesa do tesoureiro do PT negou que as doações para o partido sejam fruto de propina. "Vaccari repudia as referências dos delatores a seu respeito, pois as mesmas não correspondem à verdade. Ele não recebeu ou solicitou qualquer contribuição de origem ilícita destinada ao PT, pois as doações solicitadas pelo senhor Vaccari foram realizadas por meio de depósitos bancários, com toda a transparência e com a devida prestação de contas às autoridades competentes."

A defesa de Renato Duque também nega que ele tenha recebido propina e movimentado dinheiro em contas secretas no exterior.

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