Janot pode pedir investigação contra Richa

Procurador-geral da República analisa se pede ou não a abertura de investigação contra o governador do Paraná após as descobertas da Operação Quadro Negro, que aponta que quase R$ 20 milhões foram desviados da Educação no Estado para a campanha do tucano em 2014; outro recente escândalo de corrupção no governo de Beto Richa foram as propinas recebidas por funcionários da Receita Estadual, que teriam abastecido sua campanha

Procurador-geral da República analisa se pede ou não a abertura de investigação contra o governador do Paraná após as descobertas da Operação Quadro Negro, que aponta que quase R$ 20 milhões foram desviados da Educação no Estado para a campanha do tucano em 2014; outro recente escândalo de corrupção no governo de Beto Richa foram as propinas recebidas por funcionários da Receita Estadual, que teriam abastecido sua campanha
Procurador-geral da República analisa se pede ou não a abertura de investigação contra o governador do Paraná após as descobertas da Operação Quadro Negro, que aponta que quase R$ 20 milhões foram desviados da Educação no Estado para a campanha do tucano em 2014; outro recente escândalo de corrupção no governo de Beto Richa foram as propinas recebidas por funcionários da Receita Estadual, que teriam abastecido sua campanha (Foto: Leonardo Lucena)


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Paraná 247 - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, analisa se pede ou não a abertura de investigação contra o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), em consequência das mais recentes descobertas da Operação Quadro Negro, capitaneada pelo Ministério Público (MP-PR). Um depoimento aponta que quase R$ 20 milhões foram desviados para a campanha do tucano em 2014. Ele nega.

Três pessoas investigadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) mencionaram o nome de Richa. De acordo com uma delas, a assessora jurídica da construtora Valor, Úrsulla Andrea Ramos, a campanha de reeleição do governador e a de outros três candidatos a deputado estadual receberam recursos de dinheiro público, que deveria ter sido gasto em obras em escolas estaduais.

"Esse dinheiro não ficou comigo, esse dinheiro foi feito repasse pra campanha do governador Beto Richa e pra essas três campanhas. Foi o que ele (Eduardo Lopes de Souza, dono da Valor) me disse", disse Úrsulla, em delação premiada ao MP-PR.

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As campanhas mencionadas seriam a do filho do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Durval Amaral, Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa (Alep); o deputado estadual Tiago Amaral (PSB); e a de Plauto Miró (DEM).

Outro nome mencionado nos depoimentos prestado aos investigadores é o do secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, irmão do governador. O irmão da vice-governadora Cida Borghetti, Juliano Borghetti – cunhado do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) –, é um dos 15 denunciados por envolvimento no esquema de fraudes.

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Outro lado

O governador Beto Richa negou participação em qualquer irregularidade. "Até mesmo porque já é a minha décima campanha eleitoral e nunca aceitei qualquer tipo de doação que não tivesse uma origem lícita, muito menos desvio de recursos públicos. Não aceito essa afirmação”, disse, conforme e Gazeta do Povo.

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Segundo escândalo

Outro escândalo recente de corrupção no governo Richa foram as propinas recebidas por funcionários da Receita Estadual. O auditor fiscal Luiz Antônio de Souza afirmou que o dinheiro era repassado para o ex-inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual Márcio de Albuquerque Lima, apontado pela Justiça como líder da quadrilha - ele está preso. 

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Segundo o delator, o ex-inspetor entregava o dinheiro pessoalmente para o empresário Luiz Abi Antoun, parente do governador Beto Richa. O auditor fiscal relatou ainda que Antoun sabia que o dinheiro era de propina. O primo do tucano se entregou ao Gaeco.

Souza afirmou, ainda, que R$ 4,3 milhões do valor arrecadado em 2014 foram destinados para a campanha de reeleição do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).

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Em nota, o PSDB negou as declarações atribuídas a Luiz Antônio de Souza, e disse que Luiz Abi Antoun "nunca tratou de arrecadação para a campanha eleitoral", função que era do Comitê Financeiro.

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