Hospital militar do RS fez estudo ilegal com proxalutamida em pacientes com Covid e fez vítima fatal
O Hospital da Brigada Militar do Rio Grande do Sul fez um estudo com proxalutamida para testar o medicamento em pacientes diagnosticados com a Covid-19. Ao menos uma pessoas morreu
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O Hospital da Brigada Militar no Rio Grande do Sul e coordenado por Flávio Cadegiani, que, segundo a CPI da Covid, cometeu crime contra a humanidade, fez um estudo com proxalutamida para testar o medicamento em pacientes diagnosticados com a Covid-19. O relato partiu de uma técnica de enfermagem, que não teve o nome revelado por precaução. Ao menos uma pessoa morreu. As informações foram publicadas pelo site Matinal Jornalismo.
A CPI da Covid pedirá às autoridades o indiciamento de 81 pessoas, dentre elas Cadegiani Cadegiani por "crime contra a humanidade", conforme o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL).
O remédio é experimental para câncer de próstata e de mama. No HBMPA, ele foi aplicado de maneira irregular, sem autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
De acordo com a enfermeira, pacientes perguntaram o que era a medicação; "Os pacientes chegavam mal de uma maneira que não entendiam as coisas direito, assinavam qualquer coisa, e o que fosse oferecido, eles iam aceitar. Depois vinham perguntar para a gente o que era aquilo", disse.
Um documento interno do Departamento de Saúde da Brigada Militar apontou que foram incluídos 69 pacientes no estudo – a informação preliminar era de que havia sido cerca de 50. O mesmo grupo de pesquisadores testou o medicamento no Amazonas em ao menos 655 pacientes, e 200 morreram.
Outro lado
O comando-geral da Brigada Militar abriu um inquérito para investigar o coronel Igor Wolwacz, diretor do departamento de Saúde da BM.
A Secretaria de Segurança Pública do RS afirmou que não teve acesso aos dados de mortes, já que a BM não foi a autora da pesquisa, mas apenas campo de estudo dos testes autorizados pela direção do HBM.
"A SSP tem conhecimento das apurações relacionadas ao caso e está acompanhando os desdobramentos para, após o resultado das investigações, adotar as medidas cabíveis. A SSP confia nos processos administrativos, na lisura e na responsabilidade das apurações que estão em curso para trazer os esclarecimentos necessários", disse.
A SSP também disse que não pode comentar a questão da notificação ou não das mortes ocorridas no HBM, por conta desses processos em curso. "Todas as questões relacionadas ao estudo, desde o cumprimento de normas éticas e legais até a integridade dos voluntários participantes, estão sendo apuradas".
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247