Homem que explode Richa já foi preso por Moro e é amigo de Cunha

O empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia levou a público uma gravação em que Deonilson Roldo, o ex-chefe de gabinete de Beto Richa, confirma existência de favorecimento à Odebrecht na licitação da PR-323; Garcia era aliado do atual presidenciável do PTC, Fernando Collor (AL), e é muito amigo do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-PR), que aproximou Garcia de Richa; ex-deputado também conhecido de Sergio Moro, que determinou a prisão do empresário em 2006 após a PF descobrir que ele integrava uma quadrilha especializada em crimes financeiros

O empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia levou a público uma gravação em que Deonilson Roldo, o ex-chefe de gabinete de Beto Richa, confirma existência de favorecimento à Odebrecht na licitação da PR-323; Garcia era aliado do atual presidenciável do PTC, Fernando Collor (AL), e é muito amigo do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-PR), que aproximou Garcia de Richa; ex-deputado também conhecido de Sergio Moro, que determinou a prisão do empresário em 2006 após a PF descobrir que ele integrava uma quadrilha especializada em crimes financeiros
O empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia levou a público uma gravação em que Deonilson Roldo, o ex-chefe de gabinete de Beto Richa, confirma existência de favorecimento à Odebrecht na licitação da PR-323; Garcia era aliado do atual presidenciável do PTC, Fernando Collor (AL), e é muito amigo do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-PR), que aproximou Garcia de Richa; ex-deputado também conhecido de Sergio Moro, que determinou a prisão do empresário em 2006 após a PF descobrir que ele integrava uma quadrilha especializada em crimes financeiros (Foto: Leonardo Lucena)


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Paraná 247 - O empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia levou a público uma gravação em que Deonilson Roldo, o ex-chefe de gabinete de Beto Richa, confirma existência de favorecimento à Odebrecht na licitação da PR-323, um negócio de R$ 7 bilhões.

Ex-candidato a senador derrotado, Garcia ele era aliado do atual presidenciável do PTC, Fernando Collor (AL) e é muito amigo do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-PR), preso em Curitiba (PR). Segundo a coluna Radar, o emedebista foi o responsável por aproximar Garcia de Richa.

O ex-deputado também conhecido de Sergio Moro, que determinou a prisão do empresário em 2006 após a Polícia Federal descobrir que ele integrava uma quadrilha especializada em crimes financeiros.

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Áudios

Segundo áudios do Ministério Público Federal (MPF) e obtidos pela IstoÉ, o então chefe de gabinete do seu governo, Deonilson Roldo, fez uma negociata com a Odebrecht justamente em torno da obra que teria rendido milhões a Richa em recursos para a campanha, por meio do caixa paralelo.

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No diálogo, Roldo tenta convencer Pedro Rache, diretor-executivo da Contern, uma construtora do grupo Bertin, a desistir da licitação para duplicação da PR-323, porque, de acordo com o chefe de gabinete, a obra estaria prometida para a Odebrecht. O encontro teria sido realizado em 24 de fevereiro de 2014 dentro do Palácio Iguaçu, sede do Governo do Paraná.

A licitação da PR-323 era um negócio de R$ 7 bilhões para concessão de pedágio e duplicação de 207 quilômetros de uma rodovia estadual que corta as regiões norte e noroeste do Paraná. A Contern tinha interesse no contrato, mas o chefe de gabinete de Richa coagiu a empresa para desistir da licitação, favorecendo a Odebrecht.

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Veja um trecho da conversa:

Deonilson Roldo

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Tem planos de entrar na PPP aqui, da 323?

Pedro Rache

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Eu tenho planos fortes. Trabalhei muito. Estou trabalhando, claro que a gente trabalha de uma maneira bem discreta. Mas estou com a proposta pronta. To com ela pronta para entregar agora.

Deonilson Roldo

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Mas a gente tem um compromisso nessa obra aí. Queria ver até onde a gente pode entrar pra que esse  compromisso não seja desrespeitado.

Abertura de inquérito

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Sérgio Moro assumiu as investigações a partir da Operação Lava Jato sobre Richa (PSDB-PR) e determinou que a Polícia Federal (PF) abra um inquérito contra o tucano para apurar o suposto favorecimento à Odebrecht na licitação da PR-323. Foi concedido um prazo de 30 dias para que a PF e o MPF continuem as apurações.

Richa foi citado nas delações premiadas do ex-presidente do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht Benedicto Júnior e do ex-executivo da Odebrecht na região Sul, Valter Lana. Os depoimentos foram divulgados no ano passado. 

De acordo com os delatores, o ex-governador, que deixou o cargo para disputar o Senado este ano, recebeu pelo menos R$ 2,5 milhões como caixa dois para a campanha eleitoral de 2014 - ano em que foi reeleito - porque consideravam que se tratava de um político promissor. Ambos também informaram que não houve uma contrapartida específica. Benedito Júnior esclareceu que os valores foram lançados internamente como gastos no projeto de duplicação da PR-323, na qual a Odebrecht atuou.

Em nota, a defesa de Richa afirmou que aguarda a decisão de um recurso contra a decisão que determinou a remessa da investigação para a Justiça Federal, conforme relato do G1. "A defesa entende que, com o julgamento deste recurso, deverá ser reformada a decisão proferida, determinando a remessa para a Justiça Eleitoral, nos mesmos moldes de decisões de casos similares".

O Diretório Estadual do PSDB voltou a afirmar que todas as doações eleitorais nas campanhas do ex-governador Beto Richa ocorreram em conformidade com a legislação vigente e estão amparadas pela aprovação da Justiça Eleitoral.


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