Gleisi: 'Richa mostra sua faceta autoritária'
Senadora Gleisi Hoffmann (PT) divulgou um manifesto de solidariedade aos trabalhadores da educação em greve contra o confisco da previdência dos servidores públicos do Paraná; a parlamentar disse que ao reenviar a proposta que promove mudanças na Previdência para a Assembleia Legislativa, o governo Beto Richa (PSDB) ignora o acordo firmado com o aval do TJ-PR, "de só reencaminhar o projeto após esgotar o debate com os servidores, o que não ocorreu"; "Espero que essa postura autoritária do governador Beto Richa não seja repetida pelos deputados estaduais"
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Paraná 247 - A senadora Gleisi Hoffmann (PT) divulgou neste domingo (26) um manifesto de solidariedade aos trabalhadores da educação em greve contra o confisco da previdência dos servidores públicos do Paraná. No texto, a parlamentar disse que "ao reenviar o projeto de lei que promove mudanças no Regime Próprio de Previdência Social do Estado para a Assembleia Legislativa, pedindo urgência para sua votação, o Governo Beto Richa (PSDB) ignora o acordo que havia firmado com o aval do Tribunal de Justiça do Paraná, de só reencaminhar o projeto após esgotar o debate com os servidores, o que não ocorreu".
"Espero que essa postura autoritária do governador Beto Richa não seja repetida pelos deputados estaduais, que já conhecem a posição contrária do Ministério da Previdência sobre assunto", afirmou a parlamentar.
A ParanáPrevidência, como é conhecido o Regime Próprio de Previdência Social do Estado, é formada por três fundos: o Militar, o Financeiro e o Previdenciário. A proposta do governo estadual sugere que 33.556 beneficiários com 73 anos ou mais sejam transferidos do Fundo Financeiro, que é arcado com pelo Tesouro estadual, para o Fundo Previdenciário, constituído a partir de contribuições dos servidores e do poder público.
Segundo o Executivo paranaense, o Fundo Previdenciário está capitalizado em mais de R$ 8,5 bilhões em investimentos, e afirma que esta migração proporcionará uma economia de R$ 125 milhões, por mês, com o pagamento de benefícios. O governo informou que o projeto de lei que trata da revisão do plano de custeio do Regime Próprio de Previdência Social “não altera o pagamento de proventos a aposentados e pensionistas do Estado”.
Gleisi disse lamentar, ainda, "a repressão que o governador Beto Richa está preparando ao mobilizar mais de mil policiais militares para cercarem a Assembleia Legislativa a fim de garantir a votação do projeto já na segunda-feira". "Além de não honrar com sua palavra o governador mostra sua faceta autoritária para alcançar seu objetivo" acrescentou.
Durante assembleia em Londrina, Norte do Paraná, neste sábado (25), os professores estaduais do Paraná decidiram entrar em greve contra o projeto do governo e o reajuste conforme o piso nacional, que é de 13,01%.
Em nota, o governo informou que está cumprindo todos os itens acordados em março, quando houve a primeira paralisação dos professores e que as faltas de docentes e funcionários serão descontadas em folha de pagamento. A Procuradoria Geral do Estado disse entrará na Justiça para pedir que a greve seja considerada ilegal e abusiva.
A seguir, leia a integra o manifesto de Gleisi:
MANIFESTO
Manifesto apoio e solidariedade ao movimento dos professores estaduais e trabalhadores na educação do Estado do Paraná, que decidiram, neste sábado (25), entrar em greve por tempo indeterminado.
Ao reenviar o projeto de lei que promove mudanças no Regime Próprio de Previdência Social do Estado para a Assembleia Legislativa, pedindo urgência para sua votação, o Governo Beto Richa ignora o acordo que havia firmado com o aval do Tribunal de Justiça do Paraná, de só reencaminhar o projeto após esgotar o debate com os servidores, o que não ocorreu.
Espero que essa postura autoritária do governador Beto Richa não seja repetida pelos deputados estaduais, que já conhecem a posição contrária do Ministério da Previdência sobre assunto. Posição essa que será externada, debatida e justificada em audiência pública nesta terça-feira com a bancada do Paraná e o Ministro da Previdência Social, Carlos Gabas.
Lamento ainda a repressão que o governador Beto Richa está preparando ao mobilizar mais de mil policiais militares para cercarem a Assembleia Legislativa a fim de garantir a votação do projeto já na segunda-feira. Além de não honrar com sua palavra o governador mostra sua faceta autoritária para alcançar seu objetivo.
O governador não pode tratar os servidores com este descaso, desrespeitando documentos firmados e desrespeitando acima de tudo, o trabalho, a dedicação e a coragem de todos os servidores públicos estaduais em favor do povo paranaense.
Os deputados estaduais não podem, de novo, se prestar a andar de camburão, votando um projeto sob a proteção de armas e cacetetes. Essa é uma mancha que marcará para sempre a história da Assembleia.
Senadora Gleisi Hoffmann
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