Gleisi rechaça anistia a Bolsonaro: 'a extrema-direita quer usar o cargo para encobrir crimes'

"Querem isentar de culpa crimes hediondos ou terrorismo, tortura e racismo", disse a presidente do PT sobre aliados de Jair Bolsonaro

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)


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247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou nesta quarta-feira (28), pelo Twitter, a iniciativa de parlamentares que estão preparando um projeto para dar anistia a Jair Bolsonaro (PL) e não deixá-lo perder os direitos políticos. 

"Bolsonaristas preparam projeto de lei pra anistiar políticos que cometeram crimes eleitorais em 2022 pra livrar Bolsonaro da inelegibilidade. Só faltava essa! E ainda querem isentar de culpa crimes hediondos ou terrorismo, tortura e racismo. É muito descaramento dessa gente, não tem essa de anistia não! A que ponto a extrema-direita chegou e ainda querer usar o cargo pra encobrir crimes", afirmou.

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Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisam um processo em que o PDT acusou Bolsonaro de abuso de poder, porque a TV Brasil transmitiu uma reunião dele com embaixadores no ano passado, quando o então ocupante do Planalto divulgou sem provas informações de que o sistema eleitoral não é confiável. Relator do processo no TSE, Benedito Gonçalves votou a favor da inelegibilidade de Bolsonaro. O julgamento será retomado nesta quinta-feira (29). 

Durante o seu governo, o ex-ocupante do Planalto tentou passar para a população a mensagem de que o TSE e o Supremo Tribunal Federal (STF) atrapalhavam a gestão. Bolsonaro defendeu a participação das Forças Armadas no resultado das eleições. 

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Em novembro passado, o TSE multou o PL em R$ 22,9 milhões após o partido questionar a confiança das urnas eletrônicas.

Críticas ao Judiciário é uma estratégia do norte-americano Steve Bannon, que tentou na última década fazer partidos de direita chegarem ao poder nos Estados Unidos e em outros países. Em janeiro de 2021, quando o então presidente Donald Trump (Partido Republicano) perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento.

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Bannon, que trabalhou para o ex-mandatário, teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA após o segundo turno da eleição no Brasil e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado.

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