Gleisi: Nardes politizou análise das contas no TCU

"Se o tribunal foi leniente até agora com as contas presidenciais no aspecto da 'pedalada fiscal', como ele diz, por que agora, nas contas da presidente Dilma, vai rejeitar? Pelo volume delas? Não procede, a ilegalidade seria a mesma", discursou a senadora nesta quarta-feira; para Gleisi Hoffmann (PT-PR), relator do processo, ministro Augusto Nardes, se usa de "argumento político para desestabilizar o governo"

"Se o tribunal foi leniente até agora com as contas presidenciais no aspecto da 'pedalada fiscal', como ele diz, por que agora, nas contas da presidente Dilma, vai rejeitar? Pelo volume delas? Não procede, a ilegalidade seria a mesma", discursou a senadora nesta quarta-feira; para Gleisi Hoffmann (PT-PR), relator do processo, ministro Augusto Nardes, se usa de "argumento político para desestabilizar o governo"
"Se o tribunal foi leniente até agora com as contas presidenciais no aspecto da 'pedalada fiscal', como ele diz, por que agora, nas contas da presidente Dilma, vai rejeitar? Pelo volume delas? Não procede, a ilegalidade seria a mesma", discursou a senadora nesta quarta-feira; para Gleisi Hoffmann (PT-PR), relator do processo, ministro Augusto Nardes, se usa de "argumento político para desestabilizar o governo" (Foto: Gisele Federicce)


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Agência Senado - A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) lamentou que o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, tenha "politizado" a análise das contas do governo da presidente Dilma Roussef relativas a 2014.

De acordo com a senadora, uma possível rejeição das contas pode ocorrer por causa das chamadas "pedaladas fiscais". Ela explicou que alguns programas do governo são implementados por bancos públicos. O Bolsa Família, por exemplo, explicou a senadora, é pago pela Caixa Econômica Federal, após repasse de verbas do governo. Só que, em algumas ocasiões, o governo atrasou o repasse e a Caixa, diante disso, usou dinheiro próprio para pagar o benefício.

Diante desse cenário, o governo ressarce o valor adiantado pela Caixa, acrescido de juros, disse ela, como está previsto em contrato, informando que o mesmo ocorreu com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

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A senadora afirmou que isso ocorreu em outros governos. O que diferencia o que ocorreu em 2014 e durante o mandato de outros governantes é o valor do adiantamento feito pela Caixa, disse Gleisi Hoffmann, para quem isso não é motivo para rejeitar as contas da presidente.

— Se o tribunal foi leniente até agora com as contas presidenciais no aspecto da 'pedalada fiscal', como ele diz, por que agora, nas contas da presidente Dilma, vai rejeitar? Pelo volume delas? Não procede, a ilegalidade seria a mesma. Então, o tribunal teria que mandar o parecer crítico, com ressalvas, a essa Casa, como tem feito sistematicamente, e determinar que não vai aceitar mais nenhuma situação, pequena ou grande, de adiantamento de recursos por bancos públicos para pagarem programas sociais. Ficaria mais correto, mais decente, sem fazer disso um argumento político para desestabilizar o governo — afirmou a senadora.

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