Gleisi diz buscar equilíbrio nas concessões

Segundo a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, no governo FHC, privilegiou-se a arrecadação e os pedágios hoje são caros demais; ela afirma ainda que, nas concessões do governo Lula, deu-se prioridade às tarifas menores, sem que houvesse a contrapartida desejada de investimentos; agora, diz ela, o governo tenta encontrar uma posição intermediária; e se não houver interessados em alguns lotes, diz ela, o governo poderá assumir o ônus de realizar as obras de manutenção e ampliação em algumas rodovias

Segundo a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, no governo FHC, privilegiou-se a arrecadação e os pedágios hoje são caros demais; ela afirma ainda que, nas concessões do governo Lula, deu-se prioridade às tarifas menores, sem que houvesse a contrapartida desejada de investimentos; agora, diz ela, o governo tenta encontrar uma posição intermediária; e se não houver interessados em alguns lotes, diz ela, o governo poderá assumir o ônus de realizar as obras de manutenção e ampliação em algumas rodovias
Segundo a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, no governo FHC, privilegiou-se a arrecadação e os pedágios hoje são caros demais; ela afirma ainda que, nas concessões do governo Lula, deu-se prioridade às tarifas menores, sem que houvesse a contrapartida desejada de investimentos; agora, diz ela, o governo tenta encontrar uma posição intermediária; e se não houver interessados em alguns lotes, diz ela, o governo poderá assumir o ônus de realizar as obras de manutenção e ampliação em algumas rodovias (Foto: Leonardo Attuch)


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247 - Alvo de críticas desde que um dos primeiros leilões de estradas do governo Dilma não atraiu interessados, a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, falou ao jornal Valor Econômico para tentar rebatê-las. Segundo ela, é "besteira dizer que não gostamos do setor privado" (leia aqui a íntegra).

De acordo com a ministra, o que se busca é um modelo intermediário entre as concessões dos governos FHC e Lula. No primeiro, segundo ela, o foco era a arrecadação e os pedágios saíram caros demais. No segundo, buscou-se a menor tarifa, mas os investimentos na recuperação e ampliação das estradas não foram satisfatórios.

"O modelo é adequado. É resultado de uma análise dos processos de concessões de rodovias que tivemos até agora. As primeiras concessões, no governo Fernando Henrique, tinham foco na arrecadação. Vendia-se o direito de explorar uma rodovia, sem necessariamente uma preocupação com o investimento e o nível de serviço. Temos hoje pedágios caros. A segunda fase de licitações de rodovias, para se contrapor a esse modelo, adotou o critério de menor tarifa. Conseguimos pedágios baratos, mas não necessariamente retorno em termos de investimentos necessários para melhorar algumas rodovias", disse a ministra aos jornalistas Daniel Rittner e Leandra Peres.

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Segundo ela, nessa nova fase, haverá um modelo equilibrado, numa equação que permita ganhos ao investidor, pedágios moderados para os usuários e boa manutenção das estradas. Quando isso não for possível, ela avisa que os investimentos serão realizados pelo governo, como será o caso, por exemplo, da BR-101, na Bahia. "O que deixa uma concessão de pé é a capacidade e a concordância do usuário em pagar aquela tarifa", diz Gleisi. Não sendo possível, existe "a opção será ampliar a capacidade das rodovias por meio de obra pública".

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