Gleisi dá resposta à Folha após editorial contra o PT: "ideias defendidas pelo jornal foram derrotadas pela história"
"Que cheiro de mofo!", disse a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores ao criticar a Folha de S. Paulo
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247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou o jornal Folha de S.Paulo neste domingo (19) após a publicação de um editorial contra o Partido dos Trabalhadores. "Derrotadas pela história - e pelas urnas - foram as ideias ultrapassadas q a Folha defende em editorial. As mesmas implantadas pelo golpe e aprofundadas por Bolsonaro/Guedes. Trouxeram atraso, pobreza, fome, desemprego e dependência. Que cheiro de mofo!", escreveu a parlamentar no Twitter.
O texto do jornal foi intitulado "Envelheceu mal". De acordo com a Folha, "o passado atormenta o Partido dos Trabalhadores, como a um indivíduo incapaz de resolver as suas neuroses e olhar para a frente". "Na fabulosa narrativa, as acusações contra gestões do PT não passaram de torpe tentativa de criminalizar a política", continuou.
"O manifesto chama de golpe a deposição da presidente Dilma Rousseff, o que tampouco resiste ao confronto com a realidade. A denúncia foi aceita pela Câmara, com voto de 72% dos deputados, e o processo correu sob a direção do presidente do Supremo Tribunal Federal no Senado, onde 75% decidiram pela cassação. Considerar ruptura constitucional esse ato juridicamente perfeito é trafegar na mesma frequência de quem contesta os resultados das urnas de 2022", disse o jornal.
A ex-presidente Dilma sofreu um golpe em 2016 após ser acusada de ter cometido as chamadas "pedaladas fiscais". A petista foi inocentada naquele ano por técnicos do Senado e pelo Ministério Público. Sobre a gestão de Lula, números divulgados pela Genial/Quaest na última terça-feira (14), apontaram que maioria dos entrevistados aprova o atual governo.
Para a Folha, o PT continua devoto "de que alguns iluminados em posições de Estado terão o condão de fazer deslanchar o desenvolvimento". "Bastaria manipularem na direção que consideram correta os juros, o câmbio, os impostos, o gasto público e as decisões empresariais ditas 'estratégicas'. Em nome dessa quimera, o partido agora investe contra a autonomia do Banco Central, a privatização da Eletrobras, a Lei das Estatais e a contenção do BNDES, iniciativas tomadas para evitar a repetição dos abusos que engendraram o descalabro recessivo de 2014-16", afirmou.
"Em vez de preocupar-se com os determinantes do enriquecimento e do bem-estar dos povos —assentados na produtividade do trabalho, estagnada no Brasil—, o PT continua a vender atalhos e feitiçarias que só produzem ruínas", acrescentou.
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