Gleisi critica decisão do TRF4: 'afastamento de Eduardo Appio soa muito esquisito'

Em postagem na rede social, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores também fez referência a Gabriela Hardt, aliada de Sergio Moro

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)


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247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), alertou nesta terça-feira (23) para os prejuízos que algumas investigações de corrupção podem ter no Brasil, com o afastamento do juiz Eduardo Appio dos processos de primeira instância jurídica da Operação Lava Jato após decisão do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4-RS). "Afastamento de juiz da Lava Jato soa muito esquisito, ainda mais quando a gente vê quem vai substituir", escreveu a parlamentar no Twitter.

A substituta de Appio será a juíza Gabriela Hardt, aliada do atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR), que foi juiz da Lava Jato, na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), primeira instância. A magistrada tammbém ficou conhecida por ter copiado e colado trechos de argumentações de terceiros para dar uma base a processos julgados por ela - seriam cópias de alegações de promotores, que fazem denúncias e enviam para julgamento.

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Eduardo Appio. Foto: Divulgação/JF-PR(Photo: Divulgação/JF-PR)Divulgação/JF-PR

A decisão do TRF4, órgão de segunda instância jurídica, aconteceu em um contexto no qual promotores do Ministério Público Federal (MPF-PR) e o juiz Eduardo Appio estão apurando declarações feitas pelo advogado Rodrigo Tacla Duran, que implicou o deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e Sergio Moro em casos de extorsão na Lava Jato. O deputado era procurador do MPF-PR. 

A partir de 2019 começaram a ser divulgadas na imprensa as conversas entre Moro e procuradores no Paraná. De acordo com os diálogos, o ex-juiz interferia na elaboração de denúncias feitas por promotores do MPF-PR, mas a função dele era julgar os processos, decidindo pela condenação ou absolvição da pessoa investigada. Na prática, o ex-magistrado agia como uma espécie de assistente de acusação. 

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Gabriela Hardt
Gabriela Hardt. Foto: Eduardo Matysiak (Divulgação)(Photo: Eduardo Matysiak)Eduardo Matysiak

Em 2021, ministros do Supremo Tribunal Federal declararam a suspeição de Moro nos processos contra o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve seus direitos políticos devolvidos. 

Em março de 2022, ministros do Superior Tribunal de Justiça determinaram que Dallagnol pagasse R$ 75 mil ao petista por causa da apresentação do PowerPoint em 2016, quando acusou Lula de ter recebido um apartamento como propina da empreiteira OAS. 

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Em junho do ano passado, Moro foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) por fraude em domicílio eleitoral e, por  consequência, decidiu concorrer a uma vaga no Senado pelo estado do Paraná. 

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