Gleisi busca no PMDB pontapé inicial para 2014

Na coluna Conexão Brasília, da Gazeta do Povo, o colunista André Gonçalves ressalta que uma reunião realizada há cinco dias em Brasília marcou o início das articulações políticas da ministra Gleisi Hoffmann (PT) visando o Governo do PR; o PMDB teria recebido a proposta de aliança, além de outras, como a indicação de um nome para vice-governador do estado

Na coluna Conexão Brasília, da Gazeta do Povo, o colunista André Gonçalves ressalta que uma reunião realizada há cinco dias em Brasília marcou o início das articulações políticas da ministra Gleisi Hoffmann (PT) visando o Governo do PR; o PMDB teria recebido a proposta de aliança, além de outras, como a indicação de um nome para vice-governador do estado
Na coluna Conexão Brasília, da Gazeta do Povo, o colunista André Gonçalves ressalta que uma reunião realizada há cinco dias em Brasília marcou o início das articulações políticas da ministra Gleisi Hoffmann (PT) visando o Governo do PR; o PMDB teria recebido a proposta de aliança, além de outras, como a indicação de um nome para vice-governador do estado (Foto: Leonardo Lucena)


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PR247 – Diante de um dos quadros mais indefinidos quanto à formação de alianças visando à eleição estadual, que é o do Paraná, a pré-candidato ao Executivo paranaense e ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), começa a se movimentar para ganhar o apoio do PMDB, principal aliado do PT no Congresso Nacional.

Mas o PMDB, que almeja lançar candidatura própria em 20 estados, tem o Paraná como uma dessas possibilidades. Neste caso, estariam em jogo os nomes do senador Roberto Requião e o do ex-governador Orlando Pessutti. Além disso, os peemedebistas ainda podem se coligar com o PSDB do governador Beto Richa, que tentará a reeleição.

Confira na íntegra a coluna Conexão Brasília, por André Gonçalves, da Gazeta do Povo:

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Longe dos holofotes, uma reunião realizada há cinco dias em Brasília marcou o pontapé inicial das articulações políticas da ministra Gleisi Hoffmann (PT) para ser candidata a governadora do Paraná em 2014. Em uma reunião com as cúpulas de PT e PMDB, os peemedebistas receberam a proposta de aliança, com a sinalização de uma série de atrativos. Dentre eles, a possibilidade de indicar o nome para vice-governador e de coligação nas eleições para deputado estadual e federal.

Não foi só um mero encontro de aproximação. Além da ministra, estiveram presentes os presidentes nacionais e estaduais do PT, Rui Falcão e Ênio Verri, e do PMDB, Valdir Raupp e Osmar Serraglio. O café da manhã aconteceu na casa do vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT), e também contou com a participação do chefe de Relações Institucionais da Vice-Presidência da República, Rodrigo Rocha Loures, emissário de Michel Temer (PMDB).

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Braço-direito da presidente Dilma Rousseff, Gleisi sempre foi tida como candidata, mas tem encontrado dificuldades para articular-se politicamente. Ao assumir a Casa Civil depois da queda de Antonio Palocci, em junho de 2011, ela foi incumbida de tornar o perfil da pasta mais técnico que político. Transformar-se em Dilma da Dilma tomou o espaço da agenda de preparação para concorrer em 2014.

Agora, Gleisi corre atrás do prejuízo. O governador Beto Richa (PSDB), que vai concorrer à reeleição, fez os mesmos movimentos da petista, só que com dois meses de antecedência. O tucano já conversou com os caciques nacionais e estaduais do PMDB e apresentou uma proposta similar à dos petistas. Por enquanto, Richa parece ter sido mais persuasivo.

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A questão é que, entre os peemedebistas, as aparências quase sempre enganam. Atualmente, o partido se coloca diante de quatro possibilidades. As duas primeiras são as candidaturas próprias de Roberto Requião e Orlando Pessuti. A terceira é a coligação com o PSDB e a quarta, a aliança com os petistas.

Na reunião da semana passada, os petistas disseram que "respeitam" a intenção de candidatura própria, mas pediram a Serraglio que conversasse com Requião sobre a possibilidade de uma parceria. Serraglio disse que o mais correto seria que eles próprios procurassem o ex-governador.

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A coligação com os tucanos é atualmente o cenário com maior adesão, graças ao empenho dos deputados estaduais do PMDB. Para Richa, a pior das hipóteses é uma candidatura de Requião. Com três nomes fortes no páreo, a disputa se tornaria imprevisível e dificilmente poderia ser encerrada no primeiro turno.

Serraglio tem prometido neutralidade na condução do partido, ou seja, quer evitar "dedaços" de cúpula e prestigiar a decisão da convenção. O problema é que a convenção só ocorre em junho do ano que vem e, até lá, a chance de uma carnificina interna só se amplia. Para evitar que isso aconteça, estuda a possibilidade de realizar uma convenção prévia, no começo de 2014. A reunião serviria para afunilar o debate entre os peemedebistas. No momento, o que se percebe é que devem sobrar duas correntes – uma requianista e outra pró-Richa. Restaria aos petistas torcer pela primeira.

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A propósito, depois do pontapé inicial, a tendência é que Gleisi entre de cabeça na campanha em janeiro. Será quando os ministros-candidatos vão deixar os cargos.

 

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