Gleisi ataca Richa por privatizar florestas no PR
Senadora e pré-candidata ao governo do Paraná divulgou nota oficial contra o leilão de florestas remanescente da Mata Atlântica, situada entre a Serra do Mar e o interior do estado; o governo Beto Richa (PSDB) pretende arrecadar R$ 100 milhões com a venda de 12 mil hectares de mata; segundo Gleisi Hoffmann (PT), privatização tucana "representa ameaça concreta a conservação ambiental e aos direitos das gerações futuras"
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Blog do Esmael - A senadora Gleisi Hoffmann (PT) divulgou nesta segunda-feira (26), em Curitiba, uma nota oficial contra o leilão de florestas remanescente da Mata Atlântica, situada entre a Serra do Mar e o interior do Paraná. A partir das 14 horas de hoje, o governo Beto Richa (PSDB) pretende arrecadar R$ 100 milhões com a venda de 12 mil hectares de mata. A petista disse que a privatização tucana "representa ameaça concreta a conservação ambiental e aos direitos das gerações futuras".
Na nota, a pré-candidata ao Palácio Iguaçu afirma que a grande crise financeira do governo "não pode continuar limitando e comprometendo o presente e o futuro dos paranaenses". Ela também aponta "fragilidade" e "inconsistência" na justificativa para a venda da reserva florestal, que seria para fazer caixa.
Gleisi disse que o leilão de Richa põe em risco um importante patrimônio ambiental, coloca em risco um dos mais preciosos corredores da biodiversidade brasileira e "vai representar um ataque de morte à preservação de nossas florestas".
Leia a íntegra da nota oficial de Gleisi Hoffmann:
NOTA SOBRE LEILÃO DE FLORESTAS PELO GOVERNO DO PARANÁ
Comunicado Relevante
Por considerar que a decisão do governo do Paraná de leiloar 12 mil hectares de florestas pertencentes ao Estado representa ameaça concreta a conservação ambiental e aos direitos das gerações futuras, venho a publico, como senadora da República, representante do Estado do Paraná, manifestar minha contrariedade com essa decisão, pedindo aos paranaenses que avaliem com atenção os seguintes pontos:
1. O descompasso entre despesas e receitas nas contas públicas sob a gestão da atual administração — a verdadeira causa da grande crise financeira do governo — não pode continuar limitando e comprometendo o presente e o futuro dos paranaenses. Já basta o que estamos sofrendo com a insegurança sobre pagamento aos fornecedores, servidores, custeio básico como combustível, manutenção de veículos, aluguéis, alimentação;
2. As razões e os argumentos apresentados para tentar justificar o leilão de nossas reservas são frágeis e inconsistentes. O objetivo do governo do estado é usar nossas florestas para fazer caixa, sem levar em conta que parte considerável desse patrimônio ambiental é composto de floresta remanescente da Mata Atlântica, situada entre a Serra do Mar e o interior do Paraná.
3. A agenda ambiental fica absolutamente comprometida com essa proposta equivocada de leilão, podendo levar a uma situação ainda mais critica de comercialização de áreas extensas de Mata Atlântica, o que vai representar um ataque de morte à preservação de nossas florestas.
4. Ao contrário do que recomenda o bom senso e a transparência, o governo do Estado não fornece as informações devidas nem oferece garantia sobre a manutenção das condições de proteção das florestas ainda existentes. Podemos estar colocando em risco um dos mais preciosos corredores da biodiversidade brasileira.
5. Leiloar o patrimônio ambiental dos paranaenses é um erro. Contamos com a firme atuação do Ministério Público para levar o governo do Estado a rever sua posição. Somos de uma geração para quem a conservação e preservação das espécies, dos rios e das florestas é essencial no processo de desenvolvimento.
Brasília, 25 de maio de 2014
Senadora Gleisi Hoffmann
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