Gebran nega participação da OAB na ação dos advogados de Lula

João Pedro Gerbran Neto, desembargador do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), barrou nesta quarta-feira (29) a participação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) como parte interessada em mandado de segurança que questiona a legalidade da gravação de 13 horas de interceptações telefônicas no escritório Teixeira, Martins & Advogados, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato (PT); o advogado Cristiano Zanin Martins afirmou que a decisão de Gerbran Neto é grave, pois impede a participação da OAB de defender as "prerrogativas profissionais"

Zanin Waleska
Zanin Waleska (Foto: Giuliana Miranda)


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Paraná 247 - O desembargador João Pedro Gerbran Neto, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), barrou nesta quarta-feira (29) a participação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) como parte interessada em mandado de segurança que questiona a legalidade da gravação de 13 horas de interceptações telefônicas no escritório Teixeira, Martins & Advogados, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato (PT).

Advogados de Lula recorreram ao TRF-4 contra a decisão do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, que proibiu a destruição dos grampos. O Conselho Federal da OAB e a Seccional da OAB de São Paulo decidiram apoiar o pedido do escritório Teixeira para destruir as gravações. Segundo a entidade, as interceptações ferem o direito ao sigilo das comunicações entre advogado e cliente. Por isso, a OAB pleiteou ao tribunal a sua participação como interessada no caso.

Em 2016, Moro autorizou a interceptação telefônica do ramal central do escritório de advocacia alegando que o número constava como sendo da Lils, empresa de palestras de Lula. Segundo o escritório, durante 27 dias foram grampeadas 417 conversas de 25 advogados que somam mais de 13 horas de gravações.

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As informações são de reportagem do UOL.

O advogado Cristiano Zanin Martins afirmou que a decisão de Gerbran Neto é grave, pois impede a participação da OAB de defender as "prerrogativas profissionais".

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"A discussão nesse mandado de segurança é estritamente em torno das nossas prerrogativas profissionais, que estão sendo violadas grosseiramente pelo juiz Sergio Moro desde o início de 2016, quando ele autorizou uma interceptação ilegal no principal ramal do nosso escritório", disse.

"Impedir o Conselho Federal da OAB e a OAB/SP de defenderem as nossas prerrogativas, como decidiu agora o relator da ação no TRF4 torna a situação ainda mais grave. Acredito que a OAB Federal e a OAB de São Paulo tomarão as medidas recursais cabíveis para proteger a advocacia, completou Zanin, em nota.

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