Gaeco denuncia 12 PMs por homicídios no Paraná

Após investigar a participação de policiais militares paranaenses em crimes como assassinatos, tortura e ocultação de cadáver, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Curitiba denunciou à Justiça 12 policiais militares; cinco deles atuam na própria capital do estado; os demais trabalham em Piraquara, região metropolitana de Curitiba

Após investigar a participação de policiais militares paranaenses em crimes como assassinatos, tortura e ocultação de cadáver, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Curitiba denunciou à Justiça 12 policiais militares; cinco deles atuam na própria capital do estado; os demais trabalham em Piraquara, região metropolitana de Curitiba
Após investigar a participação de policiais militares paranaenses em crimes como assassinatos, tortura e ocultação de cadáver, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Curitiba denunciou à Justiça 12 policiais militares; cinco deles atuam na própria capital do estado; os demais trabalham em Piraquara, região metropolitana de Curitiba (Foto: Leonardo Lucena)


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Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil

Após investigar a participação de policiais militares paranaenses em crimes como assassinatos, tortura e ocultação de cadáver, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Curitiba denunciou à Justiça 12 policiais militares. Cinco deles atuam na própria capital do estado. Os demais trabalham em Piraquara, região metropolitana de Curitiba.

Embora as denúncias tenham sido apresentadas à Justiça nos dias 15 e 16 de julho, parte dos argumentos apresentados pelos promotores para sustentar as acusações foi divulgada no sábado (2). Nos dois casos, os promotores continuam à espera da decisão da Justiça.

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Na primeira ocorrência, do dia 19 de outubro de 2013, em Curitiba, cinco PMs detiveram três rapazes suspeitos de participar de um roubo e os levaram até um matagal, onde o executaram. Em seguida, de acordo com os promotores do Gaeco, os policiais simularam um auto de resistência à prisão, alegando que, ao serem abordadas, as vítimas reagiram, atirando contra eles.

O caso tramita na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba. Se a Justiça aceitar os argumentos do Gaeco, os cinco militares responderão por homicídios qualificados, fraude processual e falsidade ideológica.

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Já a segunda denúncia envolve sete policiais militares que, segundo o Gaeco, participaram da morte do ajudante de pedreiro Edenilson Murillo Rodrigues. Eles também sumiram com o corpo. O crime ocorreu em 21 de maio de 2013, em Piraquara.

De acordo com os promotores de Justiça, os PMs abordaram um usuário de drogas que, após ser torturado, disse ter comprado drogas de Rodrigues. Os policiais foram então à casa do ajudante de pedreiro, renderam todas as pessoas presentes e passaram a agredir Rodrigues fisicamente. Os promotores afirmam que a vítima morreu em função das agressões e que os policiais ocultaram o cadáver. Passados 15 meses, o corpo de Rodrigues continua desaparecido.

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Responsável por investigar e combater o crime organizado, o Gaeco também exerce o controle externo da atividade policial, propondo, quando necessário, as ações penais cabíveis contra policiais envolvidos com atividades criminosas. É formado por por representantes do Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar e, no Paraná, pela Secretaria de Fazenda.

A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria Estadual da Segurança Pública, que ainda não se manifestou sobre o assunto. Já a Polícia Militar informou que os dois casos foram objetos de inquéritos policiais militares instaurados à época das ocorrências. Os 12 PMs denunciados estão afastados de suas funções, mas seguem em atividades internas, pois ainda não foram julgados. De acordo com a corporação, a denúncia do Gaeco é, em parte, resultado de investigação da própria PM.

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