Funcionários da Petrobras são presos na Lava Jato

Sem divulgar os nomes dos dois presos na 20ª fase da Operação Lava Jato, nesta segunda-feira 16, o procurador Carlos Fernando de Santos Lima (à dir.) disse em coletiva de imprensa que são funcionários da área Internacional da Petrobras e um operador do esquema; o delegado Igor Romário de Paula explicou que o nome da nova fase da operação, "Corrosão", "é uma forma de ilustrar o que a empresa luta contra, o mesmo reflexo da corrupção da empresa"

Sem divulgar os nomes dos dois presos na 20ª fase da Operação Lava Jato, nesta segunda-feira 16, o procurador Carlos Fernando de Santos Lima (à dir.) disse em coletiva de imprensa que são funcionários da área Internacional da Petrobras e um operador do esquema; o delegado Igor Romário de Paula explicou que o nome da nova fase da operação, "Corrosão", "é uma forma de ilustrar o que a empresa luta contra, o mesmo reflexo da corrupção da empresa"
Sem divulgar os nomes dos dois presos na 20ª fase da Operação Lava Jato, nesta segunda-feira 16, o procurador Carlos Fernando de Santos Lima (à dir.) disse em coletiva de imprensa que são funcionários da área Internacional da Petrobras e um operador do esquema; o delegado Igor Romário de Paula explicou que o nome da nova fase da operação, "Corrosão", "é uma forma de ilustrar o que a empresa luta contra, o mesmo reflexo da corrupção da empresa" (Foto: Gisele Federicce)


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Paraná 247 – Sem divulgar os nomes dos dois presos na 20ª fase da Operação Lava Jato, nesta segunda-feira 16, o procurador Carlos Fernando de Santos Lima disse em coletiva de imprensa que os investigadores buscam provas documentais de fraudes em contratos das refinarias Abreu e Lima e Pasadena, da Petrobras.

Ele disse que os alvos da nova fase são funcionários da área Internacional da Petrobras e um operador do esquema. Um dos presos tem o perfil de operador com histórico de lavagem de dinheiro, disse ele, explicando que existem, ainda, os perfis de operadores ligados a empresas ou a partidos políticos.

Segundo Carlos Fernando de Santos Lima, o operador a ser preso hoje recebia ordem de pagamento e fazia a remessa para offshore de funcionários da Petrobras no exterior, basicamente na Suíça. Ele fez repasses para Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal e delator do esquema.

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O delegado Igor Romário de Paula explicou que o nome da nova fase da operação, "Corrosão", "é uma forma de ilustrar o que a empresa luta contra, o mesmo reflexo da corrupção da empresa". Segundo Lima, Pasadena era chamada de "ruivinha", pelo grande nível de corrosão (ou desvios) que apresentava.

Há duas obras de arte entre as apreensões feitas hoje. Os investigadores afirmaram que, em relação à Pasadena, "as investigações estão no nível de diligências. [...] Não temos confirmações. Sabemos que muitos funcionários da Petrobras têm contas no exterior e vamos buscá-las." Não foram citados números.

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Mais informações na reportagem da Reuters:

MPF diz que compra de Pasadena pela Petrobras pode ser cancelada devido a propina

Por Sérgio Spagnuolo

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CURITIBA (Reuters) - Os investigadores da operação Lava Jato encontraram provas que indicam o recebimento de propina por parte de ex-funcionários da Petrobras em relação à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, o que pode resultar no cancelamento do negócio, disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal, nesta segunda-feira.

"Pudemos aprofundar as investigações e nós já temos nomes de funcionários e colaborações que indicam o recebimento de propinas", disse o procurador em entrevista coletiva em Curitiba, onde estão concentradas as investigações da Lava Jato.

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"É importante este caso porque, quem sabe, com estas provas, nós consigamos, talvez, ou anular a compra, ou quem sabe talvez ressarcir o patrimônio público brasileiro", acrescentou.

A controversa aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006, é investigada por vários órgãos. A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou em dezembro do ano passado perdas de 659,4 milhões de dólares da Petrobras na compra da refinaria.

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Ao final do processo de aquisição, a estatal pagou 1,25 bilhão de dólares por Pasadena e ainda teve de fazer investimentos de 685 milhões de dólares em melhorias operacionais e manutenção.

A compra da "ruivinha" --chamada assim por causa da ferrugem na refinaria, segundo Lima-- foi um "péssimo negócio" em que muitos se beneficiaram, disse o procurador.

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Houve pagamento de propina por parte da Astra Oil, empresa que vendeu a refinaria à estatal, a então funcionários da Petrobras, afirmou Lima.

A compra da refinaria de Pasadena é um dos alvos da nova etapa da operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda, assim como a construção da Rnest, refinaria também conhecida como Abreu e Lima.

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Na nova etapa da Lava Jato, que recebeu o nome "Corrosão", foram expedidos 18 mandados judiciais tendo como alvo ex-funcionário da estatal suspeitos de recebimento de propina em contratos relacionados às duas refinarias.

Em uma outra frente da nova fase, a PF investiga atuação de um novo operador financeiro no esquema identificado como facilitador de movimentação de recursos indevidos pagos a membros da diretoria de Abastecimento da Petrobras, à qual estão vinculadas as refinarias brasileiras.

"Os investigados responderão pela prática dos crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro dentre outros crimes em apuração", disse a PF no comunicado.

Um dos primeiros presos da Lava Jato foi o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, que ficou no cargo entre 2003 e 2008, intervalo em que a Petrobras realizou a compra da refinaria de Pasadena.

A Lava Jato prendeu ainda os ex-diretores de Serviços e de Abastecimento, Renato Duque e Paulo Roberto Costa, respectivamente, e Jorge Zelada, que sucedeu Cerveró na área internacional.

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