Força-tarefa da Lava Jato pode perder reforços em Curitiba

A procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, pediu à força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba que devolva nove cargos de assessores que atualmente atuam na capital do Paraná; a retirada dos assessores reduzirá a capacidade de trabalho da força-tarefa e deverá diminuir o ritmo de trabalho da operação; a ordem para devolução dos cargos consta de um ofício enviado pelo secretário-geral da PGR, Alexandre Camanho, ao coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol

raquel dodge
raquel dodge (Foto: Romulo Faro)


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Paraná 247 - A procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, pediu à força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba que devolva nove cargos de assessores que atualmente atuam na capital do Paraná. De acordo com um procurador que acompanha o caso, a pressão para retirada dos assessores reduzirá a capacidade de trabalho da força-tarefa e deverá diminuir o ritmo de trabalho da operação.

A ordem para devolução dos cargos consta de um ofício enviado pelo secretário-geral da PGR, Alexandre Camanho, ao coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol. "Informo a vossa excelência que o empréstimo de nove cargos em comissão pertencentes à estrutura desta Secretaria-Geral será encerrado no dia 11 de dezembro de 2017", diz o ofício.

Camanho afirma no documento que "caso se faça imprescindível a manutenção do referido empréstimo, poderá ser enviada justificativa no prazo de sete dias para análise e deliberação desta Secretaria", segundo publicação do jornal Folha de São Paulo. Dallagnol deve se reunir com a equipe para decidir o que fazer a partir de agora. 

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O pedido de retirada dos assessores deve ampliar as desconfianças que surgiram sobre os rumos da Lava Jato desde as recentes trocas de comando na PGR e na Polícia Federal. Reportagem da Reuters afirma que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot avalia que, desde a chegada de Dodge e do novo diretor-geral da PF, Fernando Segovia, a Lava Jato está sendo gradativamente desacelerada.

"Segovia veio para cumprir uma missão: desviar o foco dessa investigação. Ao que me parece, pelas declarações que deu, ele tem a missão de desacreditar as investigações ou as investigações que envolvem essas altas autoridades da República brasileira. E, nas investigações, ele pode ter o efeito de atrapalhar", disse Janot à Reuters.

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