Ex-tesoureiro do PP diz que tinha reuniões sobre fraudes na Petrobras
Preso na 29ª fase da Operação Lava Jato, o ex-tesoureiro do PP João Claudio Genu disse à PF que marcava reuniões entre o ex-deputado José Janene (PP-PR), o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e empreiteiros em hoteis e salas comerciais, para falar sobre licitações da estatal; “Era tratado todo o tipo de conteúdo que agora vem sendo revelado aí (...). Dizia que vai ter tal obra e que tal obra vai ser para tal empresa”, disse ele, que está detido sem prazo para sair da cadeia; Genu seria o responsável por receber a propina de contratos firmados no setor de Abastecimento da estatal
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Paraná 247 - Preso na 29ª fase da Operação Lava Jato, o ex-tesoureiro do PP João Claudio Genu disse à Polícia Federal (PF) que marcava reuniões entre o ex-deputado José Janene (PP-PR), o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e empreiteiros em hoteis e salas comerciais, para falar sobre licitações da estatal. “Era tratado todo o tipo de conteúdo que agora vem sendo revelado aí (...). Dizia que vai ter tal obra e que tal obra vai ser para tal empresa”, disse ele, que está detido sem prazo para sair da cadeia.
Segundo ele, o esquema de corrupção e desvio de dinheiro da Petrobras, com a participação de Paulo Roberto Costa, surgiu a partir do plano de investimento da estatal. “Foi quando eles foram fazer as refinarias, reformar as refinarias. Foi aí que veio essa 'barafusa'", acrescentou.
As investigações da Lava Jato apontaram que Genu seria o responsável por receber a propina de contratos firmados no setor de Abastecimento da estatal, quando Paulo Roberto Costa era o diretor, e distribuir o dinheiro. O ex-tesoureiro também foi assessor do ex-deputado José Janene (PP-PR), considerado um dos mentores das irregulares da Petrobras.
Em depoimento, Genu confirmou as suspeitas da investigação de que Janene tinha envolvimento no esquema descoberto na estatal e que o ex-deputado distribuía pessoalmente propina para políticos. “O Alberto [doleiro Alberto Youssef] captava, recolhia, entregava para ele e ele distribuía”. Segundo Genu, esta função era exercida por Janene e não por ele. “Eu nunca entreguei”, afirmou.
Genu também afirmou ainda que levava papeis, pedidos, documentos e manuscritos para Paulo Roberto Costa no Rio de Janeiro. “Ele [Janene] manuscrevia e eu levava. Ele não fala por telefone. Não devem ter grampeado ele. Só fala abobrinha por telefone”.
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