Ex-ministro Palocci desembarca em Curitiba

Ex-ministro Antonio Palocci (PT), preso na 35ª fase da Operação Lava Jato, chegou ao aeroporto de Curitiba; Juscelino Antônio Dourado e Branislav Kontic também foram detidos e estavam no avião da PF; as prisões são temporárias, têm prazo de validade de cinco dias e podem ser prorrogadas pelo mesmo período ou convertidas em prisão preventiva, quando o preso fica detido por tempo indeterminado; advogado José Roberto Batochio, que defende Palocci no âmbito da Operação Lava Jato, criticou duramente a ação; Batochio afirmou desconhecer "a acusação absolutamente secreta, no melhor estio da ditadura militar"

Crise Financeira Mercado dep. Antonio Pallocci fotos de Luiz Xavier 08-07-09
Crise Financeira Mercado dep. Antonio Pallocci fotos de Luiz Xavier 08-07-09 (Foto: Leonardo Lucena)


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Paraná 247 - O ex-ministro Antonio Palocci (PT), preso na manhã desta segunda-feira (26) durante a 35ª fase da Operação Lava Jato, chegou ao aeroporto de Curitiba por volta das 14h30. Juscelino Antônio Dourado e Branislav Kontic também foram detidos e estavam no avião da Polícia Federal (PF).

Juscelino era ex-secretário da Casa Civil e Branislav atuou como assessor na campanha de Palocci em 2006. Os investigados passaram pelo exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba. As prisões são temporárias, têm prazo de validade de cinco dias e podem ser prorrogadas pelo mesmo período ou convertidas em prisão preventiva, quando o preso fica detido por tempo indeterminado.

O juiz federal Sérgio Moro decretou o bloqueio nas contas bancárias dos três investigados. O valor do bloqueio é de R$ 128 milhões para cada um dos investigados.

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As investigações apuram a relação entre o Grupo Odebrechet e o ex-ministro Antonio Palocci. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), há evidências de que Palocci e Branislav receberam propina para atuar em favor da empreiteira, entre 2006 e o final de 2013, interferindo em decisões tomadas pelo governo federal.

As suspeitas sobre Palocci surgiram na delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Segundo o ex-dirigente, o doleiro Alberto Youssef lhe pediu R$ 2 milhões da cota de propinas do PP para a campanha presidencial da ex-presidente Dilma Rousseff. O pedido foi feito por encomenda de Palocci, segundo o MPF.

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Outro lado

O advogado José Roberto Batochio, que defende Palocci no âmbito da Operação Lava Jato, criticou duramente a ação deflagrada nesta segunda-feira (26); Batochio afirmou desconhecer "a acusação absolutamente secreta, no melhor estio da ditadura militar".

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"Não conheço a acusação porque ela é até o presente momento absolutamente secreta. No melhor estilo da ditadura militar. Você não sabe de nada, não sabe do que está sendo investigado. Um belo dia batem a sua porta e o levam", afirmou o advogado.

"Nós estamos voltando nos tempos do autoritarismo, da arbitrariedade. Qual é a necessidade de prender uma pessoa com domicílio certo, que é médico, que foi duas vezes ministro, que pode dar todas as informações quando for intimado. É por causa do espetáculo?", disparou Batochio.

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