Estudantes recusam acordo do MP e desocupam Colégio Estadual do Paraná

Proposta da Procuradoria-Geral do Estado, Ministério Público Estadual e Defensoria Pública era de desocupar 24 das 25 escolas com ordem para reintegração de posse já expedida pela Justiça, concentrando o movimento apenas no Colégio Estadual do Paraná por mais dez dias; os alunos decidiram recusar a proposta e desocupar justamente o Colégio Estadual do Paraná; comunicado dos alunos justifica a decisão citando o "respeito à horizontalidade" do movimento; "Não queremos ser protagonistas, todos os colégios têm legitimidade e são principais"

Proposta da Procuradoria-Geral do Estado, Ministério Público Estadual e Defensoria Pública era de desocupar 24 das 25 escolas com ordem para reintegração de posse já expedida pela Justiça, concentrando o movimento apenas no Colégio Estadual do Paraná por mais dez dias; os alunos decidiram recusar a proposta e desocupar justamente o Colégio Estadual do Paraná; comunicado dos alunos justifica a decisão citando o "respeito à horizontalidade" do movimento; "Não queremos ser protagonistas, todos os colégios têm legitimidade e são principais"
Proposta da Procuradoria-Geral do Estado, Ministério Público Estadual e Defensoria Pública era de desocupar 24 das 25 escolas com ordem para reintegração de posse já expedida pela Justiça, concentrando o movimento apenas no Colégio Estadual do Paraná por mais dez dias; os alunos decidiram recusar a proposta e desocupar justamente o Colégio Estadual do Paraná; comunicado dos alunos justifica a decisão citando o "respeito à horizontalidade" do movimento; "Não queremos ser protagonistas, todos os colégios têm legitimidade e são principais" (Foto: Gisele Federicce)


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Felipe Ribeiro, do portal Banda B

Estudantes ligados ao movimento 'Ocupa Paraná' recusaram, em assembleia realizada na noite desta sexta-feira (29), a proposta de desocupar 24 das 25 escolas com reintegração de posse autorizadas pela Justiça. Com a decisão, eles deixaram justamente o Colégio Estadual do Paraná (CEP), que pela proposta apresentada pelo Ministério Público do Paraná e pela Defensoria Pública concentraria a mobilização de todas essas instituições. O Governo do Estado, após um primeiro recuo, chegou a dar um prazo de dez dias para a desocupação do maior colégio público do estado.

De acordo com nota postada em uma rede social, a proposta não respeita a horizontalidade do movimento das ocupações no Paraná. "A Ocupa Cep não tem o protagonismo sobre as outras ocupações. Nos foi imposto um acordo que fere esta característica do movimento. Nos delegaram uma função que ofende o protagonismo das outras escolas da capital paranaense e não podemos concordar em manter a nossa ocupação em detrimento das de nossos companheiros", diz a nota.

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Em coletiva de imprensa realizada no fim da noite de ontem, um estudante que preferiu não se identificar disse que a proposta de concentrar em uma única escola a mobilização tira o valor das demais ocupações, então o movimento decidiu não aceitar. "A gente sabe que as ocupações não serão para sempre, mas estaremos dando muito mais problemas mostrando nossa cara para o estado. Não é fácil estar em uma ocupação, estamos comendo e dormindo muito pior que em nossas casas, mas estamos aqui lutando por toda a educação brasileira. Não vamos desistir enquanto a medida provisória [da reforma do ensino médio] e da PEC [241] forem mantidas", disse.

Pelo acordo firmado entre a Procuradoria Geral do Estado (PGE), o Ministério Público do Estado do Paraná (MPE-PR) e a Defensoria Pública do Estado do Paraná, todas as unidades da capital ocupadas pelos alunos seriam desocupadas até a próxima segunda-feira (31), o que foi recusado pelos alunos. Caso as escolas não sejam desocupadas até segunda-feira, há risco de o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ser adiado para os estudantes que realizarão a prova nestas instituições.

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Confira a coletiva dos alunos, concedida no início da madrugada deste sábado:

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