Estudante da UFRGS acusa doutorando de ataques racistas: negro "exala um cheiro típico"
Álvaro Hauschild afirma em mensagens que o negro "exala um cheiro típico", "tem um cérebro programado para fazer o máximo de filhos que puder" e que "pode não ser um problema lá onde a natureza dá cabo deles
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247 - A Polícia Civil do Rio Grande do Sul instaurou um inquérito para apurar uma denúncia de caso de racismo. A vítima é um estudante da Universidade Federal do estado (UFRGS), após um doutorando em Filosofia da mesma instituição enviar à sua namorada mensagens ofensivas a seu respeito. Nelas, Álvaro Hauschild afirma que o negro "exala um cheiro típico", "tem um cérebro programado para fazer o máximo de filhos que puder" e que "pode não ser um problema lá onde a natureza dá cabo deles". A reportagem é do jornal O Globo.
As mensagens foram enviadas na última quarta-feira para Amanda Klimick, namorada do estudante de Políticas Públicas Jota Júnior, de 23 anos, que registrou ocorrência no dia seguinte na Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância da capital gaúcha. O casal achou no início que se tratava de um flerte até que a conversa começou a ficar mais ofensiva.
Júnior e Amanda já prestaram depoimento à polícia. Hauschild é aguardado ainda esta semana. Ele também registrou uma ocorrência por calúnia.
Segundo a delegada Andrea Mattos, responsável pelo caso, o inquérito foi aberto com base no artigo 20 da Lei de Racismo, que dispõe que "praticar, induzir ou incitar, pelos meios de comunicação social ou por publicação de qualquer natureza, a discriminação ou preconceito de raça, por religião, etnia ou procedência nacional". A pena é de reclusão de um a três anos e multa.
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