Estiagem afeta lavouras no RS e 200 municípios gaúchos decretam situação de emergência
O número é equivalente a cerca de 40% dos 497 municípios do Rio Grande do Sul
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247 - Associado ao fenômeno La Niña, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a estiagem tem castigado culturas como milho, soja e pastagens, e o Rio Grande do Sul tem 200 municípios que decretaram estado de emergência, segundo a Folha de S.Paulo.
Além do estado gaúcho, também estão sendo afetados pela estiagem Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Na semana passada, os governos dos quatro estados debateram eventuais medidas de auxílio junto ao Ministério da Agricultura.
Nesta quarta-feira, 12, a ministra da agricultura, Tereza Cristina, visitou Santo Ângelo (RS), e deve passar, até quinta-feira, 13, em Chapecó (SC), Cascavel (PR) e Ponta Porã (MS).
No Rio Grande do Sul, Cristina esteve acompanhada pelo vice-governador gaúcho Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), já que o governador Eduardo Leite (PSDB) testou positivo para a Covid-19. Mantendo atividades à distância, Leite afirmou nas redes sociais que encaminhou ofício ao governo Jair Bolsonaro com as demandas do estado diante da situação de emergência.
Segundo balanço da Defesa Civil gaúcha, decretaram situação de emergência diante da estiagem 200 municípios do estado, dentre eles, 52 foram homologados pelo estado e 47 reconhecidos pela União. No total, o número é equivalente a cerca de 40% dos 497 municípios gaúchos.
Prejuízo
"Ainda não podemos dar números [dos prejuízos]. Há lavouras que se recuperam, outras não, ainda pode chover, são graus diferentes de recuperação de lavouras. Temos de acompanhar, de monitorar, e fiz questão de vir aqui para vermos o que já podemos propor para mitigar os problemas que os estados enfrentam. Não queremos que as pessoas abandonem a produção", afirmou a ministra.
O governo federal acompanha a situação no estado através do Ministério da Agricultura e representantes do Ministério da Economia e do Banco Central.
Na cidade de Espumoso (RS), agricultores se manifestaram nesta quarta e entregaram documentos a autoridades e agências bancárias pedindo prazos maiores para pagar dívidas.
De acordo com dados da Emater-RS, há 195 mil propriedades gaúchas atingidas com perdas referentes à seca até o dia 7 de janeiro. O maior impacto da falta de chuvas está nas lavouras de milho, com 84,7 mil produtores atingidos. Na região de municípios como Soledade, Lajeado, Passo Fundo, Erechim, Santa Rosa e Frederico Westphalen, calculam-se perdas entre 45% e 65%, divulgou a Folha.
Soma a isso, outras lavouras atingidas, como a soja — com estimativa de 72 mil produtores afetados, com perdas entre 25% e 45%, principalmente nas regiões de Soledade e Lajeado —, enquanto 10,2 mil famílias estão sem acesso à água no estado e há queda de 1,6 milhão de litros de leite captados ao dia, com mais de 22 mil produtores atingidos.
A Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul se reuniu, na segunda-feira, 10, com a Secretaria Estadual de Agricultura, o Ministério da Agricultura, senadores, deputados e representantes de entidades do setor agropecuário para discutir o enfrentamento à seca no estado.
O meteorologista Rogério Affonso Rezende, do Inmet, afirma que a previsão é de que as regiões atingidas pela estiagem no Rio Grande do Sul só voltem a ter chuvas a partir do dia 18 de janeiro.
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