Engenheiros denunciam estrago da Lava Jato

Enfim, a engenharia começou a denunciar quão nefasta é a lava jato para a economia nacional e tão benéfica para o capital estrangeiro. Os engenheiros também apontaram no congresso para a urgência de um projeto de país comprometido com a engenharia brasileira, a soberania nacional e a classe trabalhadora, aponta o Blog de Canhota

Enfim, a engenharia começou a denunciar quão nefasta é a lava jato para a economia nacional e tão benéfica para o capital estrangeiro. Os engenheiros também apontaram no congresso para a urgência de um projeto de país comprometido com a engenharia brasileira, a soberania nacional e a classe trabalhadora, aponta o Blog de Canhota
Enfim, a engenharia começou a denunciar quão nefasta é a lava jato para a economia nacional e tão benéfica para o capital estrangeiro. Os engenheiros também apontaram no congresso para a urgência de um projeto de país comprometido com a engenharia brasileira, a soberania nacional e a classe trabalhadora, aponta o Blog de Canhota (Foto: Leonardo Attuch)


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Do blog de Canhota Enfim, a engenharia começou a denunciar quão nefasta é a lava jato para a economia nacional e tão benéfica para o capital estrangeiro. A iniciativa partiu do 11º Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros (Consenge), realizado na semana passada em Curitiba. Os engenheiros também apontaram no congresso para a urgência de um projeto de país comprometido com a engenharia brasileira, a soberania nacional e a classe trabalhadora.
 
O Consenge teve aula magna do senador Roberto Requião (PMDB-PR) e palestras com o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães; o historiador e professor Valter Pomar; o economista e ex-presidente do Ipea, Marcio Pochmann e a socióloga e pesquisadora Maria Rosa Lombardi.
 
Confira a íntegra da Carta de Curitiba:

Carta de Curitiba

 
No marco dos 100 anos da primeira Greve Geral no Brasil e da Revolução Russa, nós, engenheiras e engenheiros reunidos no 11º Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros (Consenge), manifestamos a urgência de um projeto de país comprometido com a engenharia brasileira, a soberania nacional e a classe trabalhadora. 
Fizemos o maior Congresso da história, com mais de 300 participantes, além da maior delegação de mulheres e de estudantes, frutos da construção do Coletivo de Mulheres da Fisenge e do Coletivo Nacional de Estudantes, em diversos estados. 
Com a consolidação do golpe ao mandato da presidenta Dilma Rousseff, a engenharia brasileira sofre um inaceitável processo de criminalização, com empresas nacionais fechadas, obras paralisadas e milhares de profissionais demitidos. Estas são consequências intoleráveis, frutos da crise política capitaneada pela Operação Lava Jato. Repudiamos a corrupção e exigimos a responsabilização de todas as pessoas envolvidas em desvios de conduta, sem a penalização das empresas nacionais. 
A engenharia é o motor da economia de todo país, uma vez que amplia a capacidade produtiva e de investimentos. A desnacionalização da economia, em curso no Brasil, aprofunda o desmonte da engenharia brasileira, a subordinação ao capital estrangeiro, as desigualdades sociais e ameaça a soberania nacional. Repudiamos, ainda, a entrega do território brasileiro e também a privatização da Eletrobrás, dos Correios, da Casa da Moeda. Reivindicamos a defesa da Petrobras pública e estatal como elemento estratégico para o desenvolvimento social. É imperativo o investimento em ciência e tecnologia, impedindo a chamada “fuga de cérebros”. Um país sem ciência e sem tecnologia é um país sem soberania nacional. A engenharia brasileira possui acúmulo tecnológico para pensar, formular, construir, projetar e inovar soluções de melhoria de condições de vida para a população. 
As profundas transformações no mundo do trabalho, a chamada Revolução 4.0, impõem desafios para enfrentarmos o desemprego estrutural previsto internacionalmente. Para além do campo de benesses, é necessário disputar o controle e a distribuição das tecnologias. 
Manifestamos como urgente a revogação da reforma trabalhista e da emenda constitucional 95, que determina um teto para os gastos públicos. Defendemos a redução da jornada de trabalho para 35 horas sem redução de salário e a manutenção da previdência social. Apoiamos uma reforma política popular, com financiamento público de campanha e fortalecimento dos partidos políticos. 
A crise é mundial e não há solução fácil. Temos, todos e todas, grandes responsabilidades. E, com grandes responsabilidades, surgem tarefas. Temos a tarefa histórica de resistir e lutar em defesa da engenharia, da democracia e da soberania nacional. 
Curitiba, 09 de setembro de 2017
11º Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros

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