Em sentença, Moro admite ter errado na divulgação de grampo que derrubou Dilma
Na sentença em que condenou o ex-presidente Lula, o juiz Sergio Moro admitiu que pode ter errado no episódio em que tornou público os grampos de conversas entre Lula e Dilma Rousseff; os grampos foram gravados ilegalmente pela Polícia Federal, uma vez que a autorização da Justiça já havia terminado, e foram vazados à imprensa; na conversa, Dilma e Lula falam sobre o termo de posse para que o petista assumisse o cargo de ministro da Casa Civil
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Paraná 247 - Na sentença em que condenou o ex-presidente Lula a 9 anos e 6 meses de prisão nesta quarta-feira 12, o juiz Sergio Moro admitiu que pode ter errado no episódio em que tornou público os grampos de conversas entre Lula e Dilma Rousseff.
Os grampos foram gravados ilegalmente pela Polícia Federal, uma vez que a autorização da Justiça já havia terminado, e foram vazados à imprensa. No mesmo dia, manifestantes contrários ao PT e a Dilma Rousseff foram às ruas pedir sua saída.
"Não deve o Judiciário ser o guardião de segredos sombrios dos governantes do momento e o levantamento do sigilo era mandatório senão pelo Juízo, então pelo Supremo Tribunal Federal. Ainda que, em respeito à decisão do Supremo Tribunal Federal, este julgador possa eventualmente ter errado no levantamento do sigilo, pelo menos considerando a questão da competência, a revisão de decisões judicias pelas instâncias superiores faz parte do sistema judicial de erros e acertos", escreveu o magistrado.
Na conversa, Dilma e Lula falam sobre o termo de posse para que o petista assumisse o cargo de ministro da Casa Civil. O ex-presidente acabou sendo impedido de assumir o cargo. A divulgação dos grampos foi condenada pelo ministro do STF Teori Zavascki, falecido no início do ano.
Confira aqui a íntegra da sentença.
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