Em dois anos, Copel teve prejuízo de R$ 660 milhões
A informação vem do Blog do Esmael, que obteve com exclusividade, planilhas de operações da Companhia Paranaense de Energia (Copel) para a venda de energia; são contratos realizados entre 2011 e 2013 no chamado Ambiente de Contratação Livre (ACL)
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Blog do Esmael - O Blog do Esmael obteve nesta sexta-feira (28), com exclusividade, planilhas de operações da Companhia Paranaense de Energia (Copel) para a venda de energia. São contratos realizados entre 2011 e 2013 no chamado Ambiente de Contratação Livre (ACL). Nessas transações, a estatal sofreu prejuízos estimados de R$ 660 milhões no período.
O Blog do Esmael consultou um dirigente da Copel, que confirmou os dados sob a condição de anonimato. Ele forneceu detalhes das constantes operações desfavoráveis à empresa de todos os paranaenses.
A Copel mesmo sabendo da Portaria n° 371, de 18 de outubro de 2013, do Ministério de Minas e Energia, informando do leilão de energia em 17 de dezembro daquele ano, vendeu 35 MW do insumo para a Tradener Comercialização de Energia, em 25 de outubro de 2013, pelo preço de R$ 127,15.
A Tradener pertence ao empresário Donato Gulin, que teria feito uma espécie de "delação premiada" ao senador Roberto Requião (PMDB) ao entregar o funcionamento de todo o esquema.
No dia 17 de dezembro de 2013 a mesma Copel vendeu no leilão que sabia antecipadamente que aconteceria pelo valor de R$ 191,50. Só nessa operação a estatal teve um prejuízo aproximado de R$ 79.095.618,00.
Só para o leitor fazer a comparação, o governo Beto Richa (PSDB) travou recentemente uma guerra política sem precedentes para obter autorização de empréstimos junto à União. O tucano ficou meses lutando para liberar R$ 817 milhões do Proinveste, mas deixou "escapar" R$ 660 milhões da Copel.
No mês passado, o governo federal também autorizou dois empréstimos internacionais. O primeiro de US$ 60 milhões para financiar parte do Programa Integrado de Inclusão Social Requalificação Urbana do Estado, e o segundo contrato é no valor de US$ 8,5 milhões, a ser aplicado no Programa de Gestão Fiscal do Paraná (Profisco).
O reajuste médio de 25% na tarifa de 4,2 milhões de consumidores seria para cobrir esse rombo?
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