Em Curitiba, Dilma defende crédito subsidiado
Ao discursar na capital do Paraná, onde assinou nesta sexta-feira 9 edital para a contratação da empresa que vai construir o metrô da cidade, presidente Dilma Rousseff defendeu a concessão de crédito subsidiado, como os empréstimos do BNDES, rebatendo os que criticam essa modalidade de financiamento; "Ao contrário do que alguns dizem por aí, trata-se de subsídio, e subsídio é necessário no Brasil sim. Há que subsidiar vários segmentos, porque senão não tem obra não", declarou
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Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff assinou hoje (9) o edital para a contratação da empresa que vai construir o metrô de Curitiba. Na capital paranaense, Dilma também anunciou a inclusão das obras do Contorno Sul de Curitiba na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo ela, ainda haverá uma licitação para definir a execução das obras, mas os investimentos serão em torno de R$ 400 milhões.
"O nosso objetivo é nos esforçarmos todos para fazê-la [a licitação] até final de agosto", disse a presidenta, que considera a obra essencial para melhorar a mobilidade e evitar o transporte de cargas dentro da cidade. Segundo Dilma, a restauração percorrerá 14,5 quilômetros do contorno da cidade. Já o metrô terá 17,6 quilômetros, 14 estações e transportará 45 mil passageiros por hora.
O edital vai conceder 45 dias, por meio de uma licitação internacional, para que as empresas interessadas em construir o sistema metroviário apresentem propostas. Dos R$ 4,56 bilhões a serem investidos na construção, o consórcio vencedor do edital contribuirá com R$ 1,4 bilhão e terá autorização para administrar o metrô por 35 anos. O governo federal entrará com R$ 1,8 bilhão; e a prefeitura e o governo estadual, com R$ 700 milhões cada.
Ao citar que os recursos provêm do Orçamento Geral da União, Dilma disse que o dinheiro a ser colocado nas obras é a fundo perdido – sem possibilidade de recuperação. De acordo com a presidenta, o aporte é absolutamente necessário, "caso contrário o projeto não ocorre".
A presidenta defendeu ainda a concessão de crédito subsidiado, como os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), rebatendo os que criticam essa modalidade de financiamento. "Ao contrário do que alguns dizem por aí, trata-se de subsídio, e subsídio é necessário no Brasil sim. Há que subsidiar vários segmentos, porque senão não tem obra não", declarou Dilma durante discurso.
Dilma lembrou que outros R$ 50 bilhões foram prometidos pelo governo federal depois das manifestações de junho do ano passado, gerando investimentos ao todo R$ 143 bilhões. Ela reconheceu que, apesar de o Brasil ter aumentado a renda da população nos últimos anos, não investiu como deveria nos principais serviços públicos, como a mobilidade urbana,
Após a cerimônia, a presidenta visitou as obras da Arena da Baixada, estádio que receberá quatro partidas da primeira fase da Copa do Mundo. De acordo com o governo, 98% das obras estão concluídas. Dilma visitou as instalações da Arena e conversou com os responsáveis pela obra. O estádio, de propriedade do Atlético Paranaense, terá capacidade para 43 mil lugares. A reforma custou R$ 360 milhões.
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