Doleiro preso articulou doações para PP e PMDB
E-mails interceptados na Operação Lava Jato da PF mostram conversas entre Alberto Yousseff (à esq.), preso por suspeita de lavagem de dinheiro e ligado ao ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, com executivos das empresas Queiroz Galvão, de Antônio de Queiroz Galvão (meio), e Jaraguá Equipamentos, que contribuíram para campanhas das siglas; as duas comandam obras da refinaria Abreu e Lima; entre os beneficiados estão Nelson Meurer (PR), Roberto Teixeira (PE) e Pedro Henry (MT)
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247 – Investigações da Polícia Federal na Operação Lava Jato apontam indícios de que o doleiro Alberto Yousseff teria intermediado doações para deputados e diretórios do PP e para o PMDB de Rondônia nas eleições de 2010.
Yousseff está preso em Curitiba por suspeita de comandar um esquema de lavagem de dinheiro e de atuar em conluio com o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, também detido pela PF, para fraudar contratos públicos, com pagamento de propina.
Em interceptações de e-mails, Yousseff trata das doações com representantes das empresas Queiroz Galvão e Jaraguá Equipamentos, ambas contratadas para atuar na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PP relata ter recebido R$ 2,240 milhões da Vital Engenharia e R$ 500 mil da Queiroz Galvão. O PP baiano, presidido pelo deputado Mário Negromonte, recebeu R$ 500 mil.
Uma lista de deputados do PP também é citada nos e-mails do doleiro: Nelson Meurer (PR) foi beneficiário de R$ 500 mil, Roberto Teixeira (PE) recebeu R$ 250 mil, Roberto Britto (BA) ficou com R$ 100 mil e Aline Corrêa (SP) com R$ 250 mil. Condenado na AP 470, Pedro Henry (MT) obteve R$ 100 mil.
O diretório de Rondônia do PMDB, presidido pelo senador Valdir Raupp, teria sido igualmente beneficiado do esquema, com R$ 300 mil.
Leia aqui a reportagem de Fausto Macedo sobre o assunto.
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