“Dilma parece mais entreguista que FHC”, diz Requião sobre BB
Senador do PMDB do Paraná questiona aumento do capital estrangeiro no Banco do Brasil; em discurso, disse que governo Dilma parece muito mais liberal e entreguista do que o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso; "E nós votamos, presidente Dilma, e trabalhamos pela senhora, porque era expectativa de todos que fizesse exatamente o contrário do que fazia o Fernando Henrique", reclamou
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Blog do Esmael - O senador Roberto Requião (PMDB-PR) questionou em discurso, a presidente Dilma Rousseff sobre a abertura de participação estrangeira na composição acionária do Banco do Brasil. "No começo, eram 5,5% de participações estrangeiras. Depois subiu para 12,5%. Depois subiu para 20%. E agora sobre para 30%", afirmou.
Requião enfatizou que não se trata de aumento de capital, mas de venda de ações. Segundo ele, a medida vai servir de remessa de lucro para o exterior e "para a predação do Brasil".
"Os depósitos judiciais e o dinheiro público no Brasil têm que ser necessariamente depositados em bancos públicos para se converter em empréstimos para o setor produtivo, para o país avançar", disse.
"Mas, se a senhora admite que 30% das ações estão em mãos de investidores estrangeiros e ainda temos os investidores nacionais, de repente o Banco do Brasil é um banco sob controle público com lucros fantásticos, mas que vai remunerar investidores estrangeiros, que apenas retiram capital do Brasil", questionou o senador.
Requião citou ainda o leilão do Campo de Libra, a privatização dos portos, ferrovias e estradas para dizer que "isto tudo me parece muito mais liberal e entreguista do que o governo do Fernando Henrique (Cardoso). E nós votamos, presidente Dilma, e trabalhamos pela senhora, porque era expectativa de todos que fizesse exatamente o contrário do que fazia o Fernando Henrique".
Histórico - Em setembro de 2009, o Banco do Brasil havia informado a elevação do limite de 12,5% para 20%. Na época, a participação de investidores estrangeiros no BB estava em cerca de 11%, de acordo com dados que constavam no último balanço divulgado pela instituição financeira pública.
Antes disso, o primeiro decreto sobre o aumento de participação foi assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em maio de 2006, quando a parcela passou de 5,6% para 12,5%. As ações do Banco do Brasil correspondem a cerca de 4% do Ibovespa.
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