Dias pede que OAB lute contra o balcão de negócios na política
Senador do PSDB-PR sugeriu aos membros da entidade que combatam o sistema político vigente no país, que estabelece um padrão de relacionamento desonesto do Poder Executivo com o Legislativo. De acordo com o senador, os "desvios monumentais” de recursos públicos, avaliados em R$ 500 bilhões ao ano pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), são consequência natural do modelo de corrupção
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Agência Senado - O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) defendeu em Plenário, nesta segunda-feira (9), uma reforma urgente no sistema político brasileiro, baseado em práticas predominantemente fisiológicas.
Relatando sua participação em reunião com o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Alvaro Dias disse que sugeriu aos membros da entidade que combatam o sistema político vigente no pais, que estabelece um padrão de relacionamento desonesto do Poder Executivo com o Legislativo.
— A classe política precisa assumir de frente esta realidade. Nós não podemos nos conformar com essa tese de que o balcão existe em nome da governabilidade, que ele é imprescindível. Seria como aceitarmos a corrupção como imprescindível, inevitável. Nós estamos destruindo esperanças, o Brasil está patinando economicamente — disse.
De acordo com o senador, os "desvios monumentais” de recursos públicos que existem atualmente no Brasil, avaliados em R$ 500 bilhões ao ano pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), são consequência natural de um modelo de corrupção que foi implantado na administração publica federal e transplantado para estados e municípios.
Para Alvaro Dias, o Brasil não conseguirá alcançar índices de desenvolvimento compatíveis com suas potencialidades caso preserve o sistema corrupto vigente.
— Coloquei [a luta pela eliminação do fisiologismo da política no Brasil] como uma bandeira excepcional que a OAB possa empalmar doravante — afirmou.
Em seu pronunciamento, o senador registrou seu descontentamento com o arquivamento pela Justiça carioca de interpelação judicial que protocolou contra o empresário Fernando Cavendish, o qual, na época do funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, declarou que poderia comprar qualquer senador por R$ 6 milhões.
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