Desembargador ligado a Moro diz ao STF que não determinou prisão de Tacla Duran
Marcelo Malucelli afirmou que sua decisão se limitou a um incidente de suspeição e não afeta a situação de Tacla Duran
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247 - O desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), emitiu um ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) esclarecendo que não ordenou a prisão do advogado Rodrigo Tacla Duran. Malucelli afirmou que sua decisão se limitou a um incidente de suspeição e não afeta a situação de Tacla Duran.
“Reitero que em nenhum momento foi decretada por este Relator a prisão do requerente Rodrigo Tacla Duran”, escreveu Malucelli no documento encaminhado à presidente do STF, Rosa Weber, nesta sexta-feira (14), segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo. O caso será analisado pelo STF em função de uma decisão do ministro recém-aposentado Ricardo Lewandowski.
“Da mesma forma - e por consequência - a decisão prolatada na Correição Parcial é restrita ao quanto postulado, não havendo possibilidade de expandi-la a outra questão - a exemplo de decreto prisional -, inexistente na decisão”, diz um outro trecho do documento.
A informação de que Malucelli teria assinado uma ordem de prisão contra Tacla Duran causou polêmica, já que ele tem uma relação direta com o ex-juiz suspeito e senador, Sergio Moro (União Brasil-PR).
O desembargador, recém-nomeado para o TRF-4, é pai do advogado João Eduardo Malucelli, sócio de Moro em um escritório de advocacia. João Eduardo integra a Wolff & Moro Sociedade de Advogados e namora Júlia Wolff Moro, de 22 anos, filha mais velha do ex-juiz suspeito.
Ao saber da decisão de Malucelli, Duran cancelou a viagem que faria ao Brasil para ser ouvido em um processo da 13ª Vara Federal, em Curitiba. Ele também falaria à Polícia Federal no âmbito do que apura a suposta extorsão que alega ter sofrido da Força Tarefa da Operação Lava Jato.
No mês passado, Tacla Duran depôs perante o juiz Eduardo Appio, o novo responsável pela 13ª Vara Federal de Curitiba, e afirmou ter sido vítima de um suposto esquema de extorsão que envolvia Moro e o ex-procurador federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR).
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